A Câmara Municipal de Abrantes aprovou esta terça-feira, 16 de abril, um contrato interadministrativo que possibilita a seis Juntas de Freguesia do concelho de Abrantes um “melhor” ataque inicial ao fogo, no âmbito do Dispositivo Especial Contra Incêndios Rurais (DECIR). São sete carrinhas propriedade das freguesias com protocolo, apoiadas com 15 mil euros (num total de 105 mil euros) no sentido de criar condições, particularmente, através de meios humanos e materiais, para que essas autarquias possam melhorar o desempenho em matéria de Proteção Civil.
As Juntas de Freguesia do concelho de Abrantes vão ficar com melhores condições para combater os incêndios rurais. A minuta do contrato interadministrativo a celebrar com seis delas – Abrantes e Alferrarede, Rio de Moinhos, Aldeia do Mato e Souto, São Facundo e Vale das Mós, Bemposta e Mouriscas – no âmbito do Dispositivo Especial Contra Incêndios Rurais foi esta terça-feira aprovada em reunião de Executivo por unanimidade.
A medida foi pensada essencialmente na prevenção explica o presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Valamatos, ao mediotejo.net. “O protocolo invoca um apoio a cada uma das carrinhas que se vão posicionar em função de uma decisão gerida pelos bombeiros do Município, em situações de ambiente difícil em termos climáticos. Sempre que o comandante dos bombeiros entenda que é preciso posicionar carrinhas para ajudar no primeiro ataque ao incêndio, colocaremos no terreno sete carrinhas”, explicou o autarca.
Assim, serão duas viaturas da União de Freguesias de Abrantes e Alferrarede, uma da Freguesia de São Facundo, uma da Freguesia de Mouriscas, uma da Freguesia de Rio de Moinhos, outra da Freguesia de Bemposta, e uma outra da Freguesia de Aldeia do Mato e Souto.
O presidente referiu “um apoio de 15 mil euros a cada uma das carrinhas para que as Juntas possam ter pessoas e equipamentos capazes de dar uma primeira resposta de intervenção”.

Manuel Jorge Valamatos sublinha que “a primeira intervenção de ataque ao incêndio é decisiva tal como a ação nos primeiros cinco minutos” porque segundo a opinião “dos técnicos florestais e dos comandantes de bombeiros, o primeiro ataque deve acontecer o mais rapidamente possível. Num território tão grande como Abrantes precisamos de ter dispositivos em vários pontos do concelho para que, num processo de ignição de um incêndio, possamos ter condições de ataque rápido”.
Contudo, nem todas as Juntas de Freguesia contam com este apoio como é o caso, a Sul, de Alvega e Concavada, ou a Norte, Fontes ou Carvalhal, esta últimas freguesias classificadas pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) com um nível muito alto de perigosidade de incêndios florestais.
Ainda “nem todas as Freguesias têm uma carrinha com reservatório de água. Tratam-se de viaturas que já estão no terreno mas que até aqui não tinham uma relação objetiva com os bombeiros, não existia um protocolo. Estamos agora a definir regras de gestão e de organização e estas carrinhas têm um apoio financeiro para as vincular ao combate a incêndios” nota. Tal iniciativa “obriga a que cada viatura tenha duas pessoas que serão formadas pelos bombeiros”, concluiu.
O contrato interadministrativo no âmbito do DECIR será agora remetido à Assembleia Municipal para autorização.