Desmantelada rede de tráfico de estupefacientes em Abrantes e Ponte de Sor. Créditos: mediotejo.net

Dois dos sete detidos por integrarem uma rede de tráfico de droga que atuava essencialmente em Abrantes e Ponte de Sor ficaram em prisão preventiva, enquanto os outros cinco tiveram medidas de coação menos graves, anunciou hoje a GNR.

O Comando Territorial da GNR de Santarém, através do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Abrantes, deteve no dia 6 de julho cinco homens e duas mulheres com idades compreendidas entre os 33 e 45 anos por tráfico de estupefacientes, nos concelhos de Abrantes (na União de Freguesias de São Miguel do Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo, Mouriscas e Pego) e Ponte de Sor. Dois dos sete detidos ficaram em prisão preventiva.

No âmbito de uma investigação que decorria há dois anos, pelo crime de tráfico de estupefacientes, foi possível apurar que a rede de tráfico atuava na região Centro, essencialmente nos concelhos de Abrantes e Ponte de Sor. Aos detidos presentes ao juiz no dia 8 de julho foi aplicada prisão preventiva a dois deles e apresentações periódicas no posto policial da área de residência aos restantes quatro. Ao sétimo detido, presente ao juiz a 7 de julho, foi aplicada a medida de coação de termo de identidade e residência (TIR).

O capitão João Ferrão, do Posto de GNR de Abrantes, confirmou que a operação decorreu na terça-feira, 6 de julho, e “culminou na detenção de cinco homens e duas mulheres com idades entre os 33 e 45 anos todos pertencentes a um grupo de tráfico de estupefacientes que atuava essencialmente nos concelhos de Abrantes e de Ponte de Sor”.

Em Abrantes, o capitão confirmou que a operação desenvolveu-se não apenas em Arrifana, local central da operação mas também nas freguesias de Mouriscas e Pego.

No decorrer das diligências de investigação deram cumprimento a seis mandados de detenção e 26 mandados de busca (nove domiciliárias, 16 em veículos e uma em armazém), que culminaram no desmantelamento desta rede e na apreensão do seguinte material:

  • 19 veículos;
  • Um ciclomotor;
  • 54 doses cocaína;
  • 45 doses de cannabis;
  • Sete doses de heroína;
  • 14 telemóveis;
  • Um computador;
  • Duas televisões;
  • 19 peças de ouro;
  • Uma arma branca;
  • Três armas de ar comprimido;
  • Uma besta;
  • Diverso material relacionado com a prática do tráfico de estupefacientes;
  • Diverso material mobiliário de requinte.

O capitão João Ferrão afirma quer a rede “tinha um peso elevado” devido ao material “de muito valor” apreendido, nomeadamente 19 automóveis e um ciclomotor. “A investigação decorria há cerca de dois anos. Tínhamos esses indícios e no âmbito da investigação demos cumprimento a seis mandados de detenção e a 26 mandados de busca”, disse dando conta de terem sido também apreendidos 16.474,00 euros no decorrer das buscas.

Uma operação “de grande envergadura”, tendo em conta o historial da região, “que contou com o apoio do Comando Territorial de Portalegre e da nossa Unidade de Intervenção, num total de 104 operacionais”, revelou o capitão.

Segundo João Ferrão, as peças de mobiliário apreendidas, “do que nos é possível observar, são um sinal exterior de riqueza que não seria comportável com os rendimentos dos visados, e por isso se procedeu à apreensão das mesmas, como meio de prova”.

Quanto à quantidade de estupefacientes aprendida, o capitão declara ser “o esperado”, mas explica que “durante o inquérito foram desenvolvidas outras diligências e existem mais meios de prova”.

VÍDEO | JOÃO FERRÃO, CAPITÃO GNR DE ABRANTES

 

Um dos detidos foi presente a um juiz, no dia 7 de julho, no Tribunal Judicial de Santarém, e os restantes detidos foram ao mesmo tribunal ontem, dia 8 de julho, para lhes serem aplicadas as medidas de coação.

Aos detidos presentes ao juiz no dia 8 de julho foi aplicada prisão preventiva a dois deles e apresentações periódicas no posto policial da área de residência aos restantes quatro e, ao detido presente no dia 7 de julho, foi aplicada a medida de coação de termo de identidade e residência (TIR).

A ação contou com o apoio da Secção de Informações e Investigação Criminal (SIIC) e do Destacamento de Intervenção ambos do Comando Territorial de Santarém e o reforço do Comando Territorial de Portalegre e da Unidade de Intervenção.

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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