Festival de Filosofia de Abrantes. Foto: CMA

A 4ª edição do Festival de Filosofia de Abrantes decorre este ano nos dias 18, 19 e 20 de novembro, no Edifício Pirâmide e na Biblioteca Municipal de Abrantes, com o tema “A Cidade e a Arte”. Convocar os cidadãos à reflexão e a marcar posição sobre as problemáticas do mundo atual, assim como incentivar e valorizar a reflexão crítica, são os desafios a que se propõe o Festival de Filosofia de Abrantes.

No âmbito do tema de 2021, “arte e urbanismo devem ser os elementos críticos e criativos geradores dessas interações e recriação de vínculos. Intervenções artísticas e urbanísticas serão parte de projetos e processos de reestruturação e desenvolvimento, identificando linhas de força e mobilizando intervenções transformadoras.

Cidades e mundo enfrentam os mesmos problemas e todos somos parte na sua resolução: ambiente e sustentabilidade, desemprego, mobilidade, habitação, migrações, confronto de culturas… porque no essencial todos somos urbanos e estamos todos ligados, local e global, indivíduo e humanidade.

A arte foi vista durante séculos como mero elemento decorativo, de homenagem ou reportório museológico a céu aberto, na sua relação com a arquitetura, o urbanismo e o paisagismo, disciplinas centrais na reforma da cidade. A arte pública contemporânea exprime os anseios dos movimentos sociais e suas relações de forças, posiciona-se como contrapoder, é participativa e crítica e elemento de atratividade. Por isso deve ser relevante nas políticas ou projetos de cidade.

Ao produzir a representação estética da cidade, o artista proporciona-lhe, no confronto com a realidade, a reflexão sobre o seu éthos, isto é, um sistema de valores, ideias e crenças. Ou seja, um sentido crítico que corporiza o valor social da arte.

O maior valor da arte é a luta pela liberdade. Aos artistas cabe continuarem a criar, gerando as suas criações na tensão dialética entre a sua realidade e o contexto social.”

PROGRAMA

Quinta-feira – Dia Mundial da Filosofia
18 novembro 2021 – Edifício Pirâmide

14h30

Cerimónia de abertura
Presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos

Comunicação inaugural
A arte, as coleções e as cidades
David Santos

15h00
Conferência com jovens filósofos
Moderação: Patrícia Seixas

17h30
Arte, política e sociedade

António Cerveira Pinto, Nelson Carvalho, Pedro Neves
Moderação: Cláudia Nascimento

21h30
Literatura, artes e transformação do mundo
Dulce Maria Cardoso, Cláudia Lucas Chéu, Rui Horta, Manuel João Vieira, Miguel Serras Pereira
Moderação: Francisco Lopes

Sexta-feira
19 novembro 2021 – Edifício Pirâmide

17h30
Arte, educação e compromisso comunitário
Paulo Pires do Vale, Marta Martins, Emília Ferreira
Moderação: José António Almeida

21h30
Cuidar, expor e emocionar: a arte e os museus
Luiz Oosterbeek, Luís Raposo, João Silvério
Moderação: Margarida Moleiro

Sábado
20 novembro 2021 – Edifício Pirâmide

10h00
Filosofia e arte da paisagem e do jardim
Adriana Veríssimo Serrão, Mário Fortes

Comunicação livre
A ideia de cultura e de arte como expulsão e hospitalidade
José Eduardo Franco
Moderação: José Manuel Heleno

15h30
Arte, urbanismo e transformação social
Carlos Dias Coelho, Álvaro Domingues, Fernando António Batista Pereira, Sofia Marques de Aguiar
Moderação: Jorge Costa

18h00
Arte, cultura, território e comunicação
Carlos Coelho, José Maçãs de Carvalho, Sofia Nunes, João Dias, Marta Aguiar
Moderação: José Carlos Vasconcelos

21h30 – Na Biblioteca Municipal António Botto
Caminhos Literários
Para atravessar contigo o deserto do mundo
Espetáculo de poesia com Pedro Lamares e Lúcia Moniz

Em paralelo decorre, de 17 a 20 de novembro, a Feira do livro de filosofia na Biblioteca Municipal António Botto e no Edifício Pirâmide, e ainda Filosofia com crianças por Joana Rita Sousa, na Biblioteca Municipal, com alunos das escolas do concelho.

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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