O Festival de Filosofia de Abrantes decorre este ano em formato digital. Foto arquivo: CM Abrantes

O Festival de Filosofia de Abrantes entra este fim-de-semana na reta final com uma reflexão de porta aberta sobre o impacto da Inteligência Artificial (IA) no primado do instrumental vs do humano, culminando no domingo à tarde com uma homenagem à carreira do filósofo Eduardo Lourenço – Prémio de Vida – no momento em que se cumprem 30 anos da sua jubilação.

Por decisão da Câmara Municipal de Abrantes, aprovada por unanimidade na reunião de Câmara de 12 de novembro, a organização do Festival de Filosofia de Abrantes decidiu propor a atribuição do Prémio de Filosofia – Carreira a Eduardo Lourenço.

Na impossibilidade física de realizar a deslocação a Abrantes, o pensador Eduardo Lourenço enviou uma missiva para a organização, em forma de agradecimento, cujo teor será lido durante a sessão de encerramento do Festival.

A anteceder a sessão de encerramento serão entregues as menções honrosas aos participantes no prémio de ensaio “Jovem Filósofo 2017”.

Os painéis de discussão começam na manhã de sábado (10h00) com Frederico Munoz, da IBM, com o tema “Watson: o computador”. A tarde começa às 15h00 com um painel que vai juntar Porfírio Silva que falará sobre as sociedades humanas e as artificiais e Leonel Moura, com o tema “Depois do humano”.

A dimensão política sobre os desafios da robótica no mundo trabalho será o tema que, às 17h30, vai juntar à mesma mesa representantes de todos os partidos políticos na Assembleia da República: Duarte Marques (PSD); Hugo Costa(PS); Carlos Matias (BE); Patrícia Fonseca (CDS-PP); António Filipe (PCP) e Francisco Guerreiro (comissão política do PAN).

Na conferência da noite (21h30), a crítica cultural Nina Power e o investigador Luís Moniz Pereira irão abordar a inteligência artificial e a ética.

No domingo, às 15h00, a anteceder o encerramento do Festival, a investigadora em Smart Cities, Sara Fernandes, e o economista e urbanista Jean Haëntjens, versarão sobre a influência da tecnologia no espaço público.

O Festival é organizado pela Câmara Municipal de Abrantes, em parceria com o Clube de Filosofia de Abrantes, a Câmara Municipal de Mação, a Câmara Municipal de Sardoal, a Palha de Abrantes – Associação de Desenvolvimento Cultural, os Agrupamentos de Escolas dos Concelhos de Abrantes, Mação e Sardoal e a Fundação Serralves.

As conferências realizam-se no Edifício Pirâmide, em Abrantes, e têm entrada livre.

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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