Festival de Filosofia de Abrantes, segunda edição. Foto arquivo: mediotejo.net

O Festival de Filosofia de Abrantes não se realiza este ano. A terceira edição acontecerá só em 2020, mas ainda sem data marcada, garantiu o presidente da Câmara Municipal. Manuel Valamatos (PS) justificou que a calendarização do evento não está estabelecida como sendo anual, embora a primeira edição tenha decorrido em 2017 e a segunda em 2018. Recorde-se que também o 180 Creative Camp foi cancelado este verão, e o Encontro Ibérico do Azeite, evento bienal, não acontecerá em 2019. Apostas da autarquia, enquanto liderada por Maria do Céu Albuquerque, e sem continuidade este ano.

O presidente da Câmara Municipal de Abrantes confirmou esta terça-feira, 12 de novembro, em reunião de Executivo, que a terceira edição do Festival de Filosofia de Abrantes não se realizará em 2019.

A organização do Festival está a cargo do Município de Abrantes e do Clube de Filosofia de Abrantes, em parceria com o Município de Mação, o Município de Sardoal, a Palha de Abrantes – Associação de Desenvolvimento Cultural e os Agrupamentos de Escolas dos Concelhos de Abrantes, Mação e Sardoal, havendo ainda, na edição de 2018, uma parceria com a Fundação Serralves num evento que, segundo a organização, contou com o alto patrocínio do Presidente da República.

Manuel Valamatos garantiu a continuidade do Festival mas apontou 2020 como data para a realização da terceira edição, sem avançar se decorrerá no início, a meio ou no fim do ano. “Reunimos com as pessoas do Clube de Filosofia de Abrantes e entendemos em conjunto dar lugar à atribuição dos prémios anteriores para fechar este processo”, disse, referindo-se ao Prémio Jovem Filósofo.

Reunião da Câmara Municipal de Abrantes. Créditos: mediotejo.net

O autarca garantiu que o Festival “é muito importante, com muito potencial, um espaço de intervenção social e cultural muito interessante” que apresentou as suas duas primeiras edições “de forma muito intensa”. Este ano “estamos na fase, com a equipa do Clube de Filosofia, de início de trabalho para que, em 2020, possamos retomar o Festival com determinação e com a grandeza que merece. Queremos reforçar a sua dinâmica”.

Manuel Valamatos prefere colocar a questão ao contrário afirmando a inexistência de qualquer impedimento em 2019. “Não há impedimento nenhum este ano! É uma questão estratégica. A periodicidade nunca ficou estabelecida. Não tem necessariamente de acontecer todos os anos. Foi uma decisão tomada com o Clube de Filosofia. Tivemos duas edições do Festival de Filosofia e estamos a trabalhar em conjunto para voltar a ter a terceira edição”, reforçou.

Outro evento que também não se realiza em 2019, tal como aconteceu com o 180 Creative Camp, é o Encontro Ibérico do Azeite, que teve a sua IV edição em 2017. Questionado sobre a sua realização o presidente justificou a suspensão com “uma aposta forte na Feira de Doçaria Tradicional, um evento muito dinâmico, interessante. Sobre o Encontro Ibérico estamos a estudar e a analisar para tentar ver a melhor forma de o enquadrar, vamos ver” se terá continuidade, disse.

Festival de Filosofia de Abrantes. Viriato Soromenho-Marques abriu o primeiro painel da segunda edição do evento. Créditos: mediotejo.net

No entanto, recusa “uma mudança de estratégia” do atual Executivo ou uma aposta em outro tipo de eventos. “O que estamos a fazer é refletir, interpretar, analisar e com os agentes da comunidade encontrar as melhores estratégias para fazer o melhor por Abrantes”, considerou.

Vincando novamente a inexistência de “uma mudança de estratégia” deste Executivo do Partido Socialista, Manuel Valamatos deu ainda conta da antecipação da iluminação natalícia. Contrariamente aos anos anteriores, em 2019 as luzes não se acendem no dia 1 de dezembro, mas mais cedo.

“Vai acontecer antes, com mais comerciantes no Centro Histórico, com mais pessoas envolvidas, com vontade de embelezar a cidade e isso agrada-nos muito. Temos a empresa preparada para avançar com o processo de instalação das luzes, bem como na torre. Estamos a preparar tudo para nos antecipar ao dia 1 de dezembro”, concluiu.

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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