A Praça da República de Alvega acolhe até este domingo, 1 de julho, a XVII Feira Gastronómica e Cultural de Alvega com quatro dias de festa que oferece especialidades gastronómicas, petiscos, música, artesanato e convívio. A abertura oficial do certame fez-se com a música do grupo Sons Lusitanos e com vários autarcas, vereadores da Câmara Municipal e presidentes de Juntas de algumas freguesias do concelho de Abrantes a visitarem e a provarem os petiscos das coletividades, que voltam a dinamizar a aldeia e a trazer até Alvega gente de fora e de dentro num reencontro de familiares e amigos.
A Feira e Gastronómica e Cultural de Alvega não é só a XVII edição, “tornou-se uma tradição, um evento muito importante para a comunidade alveguense” disse ao mediotejo.net o presidente da União de Freguesias de Alvega e Concavada, José Felício. Lembrou tratar-se de “uma comunidade muito envelhecida e é sempre importante este tipo de eventos” reconhecendo ser “trabalhoso” exigindo trabalho voluntário e algum investimento financeiro recusando utilizar a palavra “gastos”. Para o autarca a Feira Gastronómica e Cultural é “daqueles eventos que não faz sentido acabar” até porque “por esta ocasião regressam muitos filhos da terra. Gostaria que regressassem todos mas isso já não está nas minhas mãos” declarou.
Contrariamente aos anos anteriores com seis coletividades a servir refeições, em 2018 a Feira conta com quatro. O presidente da União de Freguesias de Alvega e Concavada, José Felício, admite que possa ser “mais complicado” devido à habitual afluência de comensais no evento, mas por outro lado considera que “até pode ser melhor” uma vez que os jantares que seriam distribuídos pelas seis, serão divididos por quatro. Acredito que seja muito mais trabalhoso mas financeiramente será por certo mais compensador”.
Nos comes e bebes, participam neste evento, da responsabilidade da União de Freguesias de Alvega e Concavada, a Associação de Melhoramentos da Freguesia de Alvega, a Banda Filarmónica Alveguense, o Clube Desportivo e Recreativo de Concavada e a Associação de Melhoramentos de Tubaral.
Além dos pratos típicos que vão desde o ensopado de javali, arroz de feijão com pataniscas de bacalhau, galo de cabidela, sopa da pedra, açorda de ovas com sável, ensopado de borrego, sopa de couves com feijão com bacalhau assado e migas de couve com feijão e secretos, poderão ainda petiscar-se algumas iguarias que fazem parte da tradição gastronómica da região, como a semineta, as enguias fritas, o peixe rei, a espadilha, os enchidos e os caracóis.
Este ano a Feira conta com 14 expositores “13 de pessoas das freguesia e esse é o objetivo, e enquanto for possível manter essa fórmula iremos utilizá-la” explica José Felício. O décimo quarto expositor é da Junta de Freguesia que em 2018 realizou “uma parceria com o turismo da habitação, Monte da Várzea de Francisco Romãozinho”.
Nos treze expositores encontra-se desde artesanato, a doces, mel e licores, compotas, trabalhos artísticos, pinturas a acrílico e até um stand de cocktails. São eles: Centro de Assistência Paroquial S. Pedro de Alvega; Arte do João; Arte D’Tânia; Viver. Sénior Alvega; Stand de pintura José Raposo; Tendinha da Avó Jacinta; As doçuras da Aninhas; Comissão de Pais E.B. de Alvega; Manualidades da Céu; OHMSabores; Quente & Frio (Nuno Coxinho); Margarida Lopes – Alvega; e Bolos da Celestina.
A animação musical na quinta-feira 28, o primeiro dia, contou com atuação de Sons Lusitanos e de Marco Morgado. Na sexta-feira, 29, foi a vez dos Bombos Arrebimbá Fundo de S. Facundo e a atuação de Amarelo.
Na noite deste sábado, dia 30, Salomé Silveira atua às 21h00 e os Semáforo às 23h00. A Banda Filarmónica Alveguense vai encerrar o entretenimento da Feira no domingo, 1 de julho, às 21h00, e Carlos Catarino fecha o cartaz, duas horas depois, para quem ainda tiver força para bailar.
Este ano, o certame não conta com atividades desportivas “por impossibilidade das coletividades participantes” disse o mediotejo.net José Felício. “Os eventos desportivos têm ficado sempre a cargo das associações, nomeadamente as que estão ligadas ao futebol e ao desporto motorizado, mas este ano ninguém se disponibilizou a realizar esse tipo de eventos” ficando-se a Feira pelo programa cultural.
Para a realização do certame em 2018 a União de Freguesias investe “cerca de nove mil euros, parte sai do orçamento da Junta de Freguesia e outra parte das entidades que apoiam o evento” nomeadamente empresas como a Pegop, a OKE Tillner, a Pego Brinde a a Câmara Municipal de Abrantes.
E da Câmara Municipal estiveram presentes na abertura oficial do certame dois vereadores do Partido Socialista, o vice-presidente da Câmara João Gomes e o vereador com o pelouro das Freguesias Manuel Valamatos, e ainda o vereador do Partido Social Democrata, Rui Santos. Além de outras entidades também acompanharam a abertura e jantaram na Feira o presidente da União de Freguesias de Abrantes e Alferrarede, Bruno Tomás; a presidente da Junta de Freguesia do Pego, Maria Florinda Salgueiro; o presidente da Junta de Freguesia da Bemposta, Manuel Salvador Alves; o presidente da Junta de freguesia de Mouriscas, Pedro Matos; e o presidente da Junta de Tramagal Vitor Hugo Cardoso.
Após a realização do ‘périplo’ pelos diversos expositores, conversar com os alveguenses, ouvir algumas queixas ou desabafos, provar as especialidades e até comprar rifas, o vereador Manuel Valamatos observou ser “uma festa que a cada ano ganha maior robustez por via de agregação, maior movimento das associações. Uma Feira que a comunidade já se habituou estando representadas as localidades de Alvega e Concavada de forma muito expressiva”, disse.
Registou a ação das coletividades considerando-as como “um pólo decisivo na gestão e na dinâmica deste evento”, manifestando-se “muito agradado por ver o grande movimento das associações e das diferentes entidades representadas”.
Notou também “uma grande alegria e simpatia da comunidade” considerando que o evento “tem todas as condições para se repetir nos próximos anos” tornando-se “uma referência daquilo que são as atividades festivas nesta altura do ano no concelho”.
Manuel Valamatos deu conta que a Câmara Municipal “têm uma convicção enorme no tecido associativo, nas entidades que trabalham em prol das pessoas nas áreas desportivas e cultural” considerando-as “decisivas” para o dinamismo dos concelhos, “não sendo um exclusivo de Abrantes. Não é possível pensar hoje uma comunidade sem as associações” por isso o Município “não poderia estar fora sem apoiar financeiramente, estruturalmente, com apoios materiais, de equipamentos, por isso não é de estranhar que tenhamos uma grande proximidade com todas as associações”, sublinhou, falando no “decisivo” apoio financeiro Municipal como “suporte das associações para fazerem o trabalho importante de manterem as nossas comunidades vivas”.
Fazendo “vontade de estar presentes”, afirmando “proximidade” assegurou a continuação do apoio e observou a Freira Gastronómica e Cultural de Alvega como “um bom exemplo” tal como outras manifestações culturais do concelho.
À semelhança dos anos anteriores, a Feira conta com um espaço para crianças, com insufláveis, jogos e palhaços.