Feira de São Matias assenta arraiais em Abrantes até 5 de março. Foto arquivo: Luís Ribeiro

O regresso da tradicional Feira de São Matias, depois de um interregno devido à pandemia, foi muito saudado em Abrantes, desde os feirantes e profissionais do setor, à Câmara Municipal, que a organiza, e à população em geral, que dela usufrui.

A roda gigante, a maior de Portugal com os seus 32 metros de altura, é uma das novidades do secular certame que decorre até 13 de março e tem sido um dos principais motivos de atração e curiosidade desde que a Feira abriu, a 23 de fevereiro.

Feira de São Matias anima Abrantes até dia 13 de março. Foto: mediotejo.net

“Eu acho que o elemento mais importante da abertura da Feira de São Matias é percebermos que temos vida outra vez”, começou por notar o presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, na inauguração do certame, tendo realçado que há muitos anos que não se via tanta gente no momento inaugural do evento, com as pessoas ávidas de ultrapassar dois anos difíceis de pandemia e regressarem às suas vidas normais.

Roda gigante é uma das novidades e um dos atrativos da Feira de São Matias 2022. Foto: mediotejo.net

Com a participação de dezenas de feirantes, a Feira de São Matias está de  animar o espaço do Aquapolis, nas margens ribeirinhas do Tejo, em Rossio ao Sul do Tejo, no concelho de Abrantes, desde 23 de fevereiro e até 13 de março, no horário de segunda a quinta-feira entre as 16:00 e as 23:00, e às sextas, sábados, domingos e feriados entre as 12:00 e as 00:00, havendo também animação de rua nos dias 26 e 27 de fevereiro e nos dias 1, 5, 6, 12 e 13 de março, às 15:00 e às 17:00.

Carrosséis e outros divertimentos, espaços com jogos eletrónicos, barracas de quinquilharia, exposição e venda de viaturas e de alfaias agrícolas, bares, rulotes de farturas, pipocas e algodão doce são algumas das atrações do secular certame, suspenso o ano passado devido à pandemia de covid-19.

A grande novidade é mesmo a presença este ano da roda gigante, uma estrutura com 32 metros de altura e capacidade para transportar 144 pessoas em cada volta, sendo a maior roda instalada em Portugal, segundo o seu proprietário, Francisco Alverca, tendo o empresário dado conta que o equipamento faz sucesso em todo o país e no estrangeiro pelas suas dimensões.

O presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, disse mesmo que a roda gigante é um cartão de visita da Feira de São Matias, sendo, pela sua dimensão e luminosidade, visível para todos os que circulam pela Estrada Nacional 2 e pela ponte sobre o rio Tejo.

Todos os empresários contactados pelo mediotejo.net deram conta de expectativas positivas quanto ao negócio que poderão vir a realizar em Abrantes, dando conta que a Feira de São Matias é a primeira em que participam depois de dois anos de pandemia.

A aferir pelas centenas de pessoas que marcaram presença na quinta-feira na abertura da Feira e, essencialmente, na noite de sexta-feira, este certame, que regressa reorganizado em termos estruturais após investimento da autarquia, tem todas as condições para apresentar no final, depois de contas feitas, um balanço positivo. É de destacar que este regresso não se cinge à Feira de São Matias, mas a todos os eventos que habitualmente a Câmara organiza, tendo o presidente da autarquia dado conta que os Mourões vão receber o tradicional grande concerto incluído das festas da cidade, evento que regressa também este ano após dois anos de interregno devido à pandemia. 

A Feira de São Matias, que remonta ao século XIII, é uma organização da Câmara Municipal de Abrantes, sendo considerada um dos ‘ex-líbris’ culturais do concelho e motivo de atração e desenvolvimento local e regional.

Mário Rui Fonseca

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

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