São mais duas as empresas que escolhem o concelho de Abrantes para laborar ou expandir a produção. Uma com relocalização na Zona Industrial Norte e uma segunda no Parque Tecnológico do Vale do Tejo, criando um posto de trabalho qualificado. Outras duas empresas, com lotes de terreno em Tramagal e Abrantes, cujo prazo de instalação foi ultrapassado, solicitaram prorrogação do mesmo no sentido de criaram “as melhores condições para se instalarem”, deu conta esta terça-feira, 11 de dezembro, a presidente da Câmara Municipal de Abrantes, durante a reunião de executivo.
A empresa FC2TEC – Manutenção Industrial Lda. candidata a um lote de terreno, no Parque Industrial de Abrantes – Zona Industrial Norte, com área de 4447 m2, no valor total de 6.670,50 euros, viu, esta terça-feira, aprovada por unanimidade essa candidatura, em reunião de Câmara Municipal.
Trata-se de uma empresa, constituída em 2016 com dois postos de trabalho, cuja atividade principal é a fabricação de estruturas de construção metálicas e de fabricação de portas e manutenção industrial. A empresa, com candidatura aprovada ao Portugal 2020, já se encontra instalada no Parque Industrial de Abrantes em pavilhão arrendado. Contudo, com o volume de trabalho existente necessita de melhores e maiores instalações, pretendendo uma relocalização. “A ideia é crescer”, disse ao mediotejo.net António Ferreira, um dos proprietários da FC2TEC.
Neste momento a empresa contabiliza 13 postos de trabalho mas pretende, com as novas instalações, reforçar as equipas. “Estamos a comprar novos equipamentos, pensamos a curto prazo criar mais cinco postos de trabalho. E se tudo correr bem pretendemos até contratar mais trabalhadores”, garante o empresário.
Motivo para a presidente da Câmara, Maria do Céu Albuquerque, congratular-se, no final da reunião, com a “atividade económica pujante” no concelho de Abrantes.
Já a empresa NULL PROBLEM IT CONSULTING, Lda, a instalar no Parque Tecnológico do Vale do Tejo por um abrantino com licenciatura em Engenharia Eletrónica, “concorre ao Apoio à Criação de Emprego Qualificado” ou seja, à criação de autoemprego, explica a autarca. “É de especial importância para nós perceber que há uma dinâmica no nosso tecido empresarial”, referiu.
O apoio a conceder pelo Município de Abrantes traduz-se na atribuição de uma comparticipação financeira ao salário base mensal (no caso o salário mínimo nacional) suportado pela entidade beneficiária que assumirá a proporção máxima de 35% do salário base mensal do trabalhador contratado durante o primeiro ano de vigência do contrato, até ao limite mensal de 500 euros por posto de trabalho apoiado, valores que passam para metade, no segundo ano de vigência do mesmo.
Visto a remuneração mensal ser de 580 euros, o apoio a conceder pelo Município é de 5.684,00 euros, dividido por três anos económicos.
Por outro lado, outras duas empresas com lotes de terreno, a Abranfrio – Equipamentos Hoteleiros Lda. no lote 8 do Parque Industrial de Abrantes, e a Abrancop – Construção Civil e Obras Públicas Lda. no lote 6 no Parque Industrial de Tramagal, perante a possibilidade de uma reversão a favor da Câmara Municipal solicitaram a prorrogação do prazo por mais um ano. O pedido foi aprovado, igualmente por unanimidade, em reunião de Câmara.
Ambas as empresas solicitaram a prorrogação no sentido de submeter o projeto das instalações a controlo urbanístico, sendo que a Abranfrio transmitiu estar em estudo uma possível fonte de financiamento em conjunto com a Nersant e mantém a intenção de investimento.
“É sinal que não estão a desinvestir, antes pelo contrário”, considerou a presidente. “Ao longo dos anos de crise temos vindo a acompanhar a resiliência [das empresas], a capacidade de adaptação a novas condições”, acrescentou, congratulando-se por acontecer num momento em que a economia portuguesa dá sinais claros de vitalidade.
Questionada pelo mediotejo.net relativamente ao número de postos de trabalho criados Maria do Céu Albuquerque disse que toda a “empresa que cria um posto de trabalho é para nós importante. Estamos a falar de pequenas empresas que querem corresponder às estratégias desta nova fase desenvolvimento do nosso País. Temos de ter consciência que as profissões tradicionais tendem a ser substituídas por profissões que ainda nem sequer conhecemos. Portanto, há toda uma dinâmica empresarial que está acontecer no concelho de adaptação a novas realidades”, concluiu.