Escuteiros do Agrupamento 697 do Rossio ao Sul do Tejo. Parte final das promessas, onde os novos escuteiros investidos levam com os lenços dos outros escuteiros.

Os escuteiros do Agrupamento 697 de Rossio ao Sul do Tejo realizaram as suas promessas no sábado, 26 de junho, dia em que o Agrupamento assinalou o seu 38º aniversário. A cerimónia decorreu na Igreja Nossa Senhora da Conceição, antes da missa da comunidade, no sentido de melhor cumprimento das normas da DGS. Na noite anterior os escuteiros juntaram-se na mesma Igreja para fazer a Velada de Armas.

As promessas são um dos momentos mais importante para qualquer agrupamento de escuteiros. Não só porque marcam a entrada de novos escutas no movimento, mas também porque servem para que todos os escuteiros renovem a suas próprias promessas.

Por isso, é possível observar os lábios de todos a murmurar a promessa enquanto os patas-tenras/aspirantes e noviços a pronunciam ao altar. A celebração das promessas serviu também para comemorar o aniversário do agrupamento 697, inaugurado a 19 de junho de 1983, cumprindo 38 anos.

Escuteiros do Agrupamento 697 do Rossio ao Sul do Tejo. Momento da Promessa. A escuteira faz a saudação enquanto coloca a mão esquerda sob a bíblia, a bandeira nacional e do agrupamento.

À solenidade das promessas acresce o facto de prometer ser escuteiro significar entrar para uma fraternidade mundial. Recorda-se que a Organização Mundial do Movimento Escuteiro e a Associação Mundial de Guias foram nomeadas para o Prémio Nobel da Paz 2021.

O movimento escutista tem como objetivo a formação de cidadãos ativos que possam praticar e motivar mudanças positivas no mundo. Esta foi uma das razões da nomeação, aliadas à criação de diálogo e manutenção da paz em diversas comunidades à volta do globo.

Escuteiros do Agrupamento 697 do Rossio ao Sul do Tejo. Entrega da vara bifurcada aos caminheiros, que simboliza a escolha entre dois caminhos.

Na noite anterior às promessas, no dia 25 de junho, realizou-se a Velada de Armas. O nome remete para rituais antigos em que os novos cavaleiros passavam a noite antes de serem investidos em oração. Hoje, o nome técnico dado à cerimónia é Vigília de Oração, mas no Rossio ao Sul do Tejo continua a ser chamada de Velada de Armas. Tal como os cavaleiros velavam as suas armas, os escuteiros velam os seus lenços.

Os escuteiros refletem também sobre o que é ser escuteiro, o porquê de decidirem sê-lo e o compromisso que irão fazer no dia que se segue. As respostas a estas perguntas variam consoante a pessoa que lhes responde. Há até quem não consiga dar resposta satisfatória. 

Paula Mourato

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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