Foto: dR

A Câmara Municipal aprovou o procedimento tendente à elaboração de normas e condições à utilização das instalações da Sala Snoezelen, na escola EB/JI António Torrado, em Abrantes.

Trata-se de uma sala de integração e estimulação sensorial que visa beneficiar os alunos de todos os agrupamentos escolares do concelho, ficando também disponível para uso da comunidade pertencente ao setor social, pelo que a autarquia vai iniciar o procedimento das normas e condições para a sua cedência.

A Sala de Snoezelen é uma sala multissensorial, dotada com equipamentos e materiais específicos – suspensos e no solo – que tem como objetivo a estimulação sensorial e/ou a diminuição dos níveis de ansiedade e de tensão, através do relaxamento.

É um projeto terapêutico inovador que proporciona um ambiente seguro, promovendo o autocontrolo, a autonomia, a descoberta e a exploração e proporciona efeitos terapêuticos e pedagógicos positivos.

Nas escolas estão projetadas para oferecer uma intervenção global a crianças e jovens com diferentes problemáticas. Essa intervenção passa diretamente pela estimulação dos sentidos, tendo em conta as necessidades e o ritmo de cada um.

Snoezelen (do Holandês) resulta da contração de SNUFFELEN = cheirar, com DOEZELEN = relaxar. O conceito de SNOEZELEN foi definido no fim dos anos setenta por dois terapeutas holandeses, Jan Hulsegge e Ad Verheul.

Enquanto trabalhavam no De Hartenberg Institute, na Holanda, um centro para pessoas com défices mentais, os dois terapeutas perceberam respostas positivas que se conseguiam suscitar nos seus doentes, quando eram inseridos num ambiente sensorial que tinham preparado.

Daí para a frente, a curiosidade e reconhecimento de toda a comunidade mundial, levou a que hoje as salas Snoezelen estejam presentes em Hospitais, Lares ou Instituições um pouco por todo o mundo.

Paula Mourato

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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