A Direção Geral do Património Cultural (DGPC) pagou à Associação Cultural das Rotas das Mouriscas (ACROM) “todas as verbas vencidas”, ou seja, cerca de 41 mil euros, avançou ao mediotejo.net o presidente da associação de Mouriscas (Abrantes), António Louro.
A ACROM reclamava o pagamento de 41 mil euros pela construção do projeto vencedor do Orçamento Participativo Portugal 2017. António Louro, presidente da direção da associação com sede em Mouriscas, e proponente da proposta que ganhou o OPP, recordou que a DGPC, aquando da assinatura do protocolo, havia pago “uma verba inicial de cerca de 28 mil euros de um total de 80 mil euros com que o Orçamento Participativo Portugal (OPP) contemplou este projeto”.
Segundo o responsável, o protocolo com a Direção Geral do Património Cultural (DGPC) para a construção da Rota Cultural Etnográfica das Ribeiras de Arcês, do Rio Frio e do Rio Tejo, que junta os concelhos de Abrantes, Sardoal e Mação, foi assinado no início de 2019, mas depois esse pagamento “parou no tempo”, ficando a ACROM sem verba para pagar à empresa fornecedora da sinalética, painéis e pontes da Grande Rota das Ribeiras de Arcês e Rio Frio e do Rio Tejo (GR-55).
“Mas está resolvido! Estamos precisamente a liquidar as faturas com a empresa”, afirmou António Louro, embora a verba tenha demorado cerca de dois anos a chegar.

O projeto inclui 5 pontes em madeira, no atravessamento das duas ribeiras, três painéis centrais, um em cada concelho, 12 painéis mais pequenos, várias intervenções executadas pela empresa Floema responsável pela sinalética da Rota, que conta com 47 quilómetros e une os três concelhos.
Apesar do pagamento das verbas, “o processo não está encerrado”, explica António Louro, ou seja, a verba afeta ao Orçamento Participativo Portugal “ainda não está esgotada. Há 10 mil euros para as questões de segurança”.
A Rota Cultural Etnográfica das Ribeiras de Arcês e Rio Frio, e do Rio Tejo foi inaugurada em 26 de setembro de 2020 e classificada como grande rota GR-55 pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMO), percorrendo em 47 quilómetros os municípios de Abrantes, Mação e Sardoal.
O projeto da GR-55 foi um dos vencedores da primeira edição do Orçamento Participativo Portugal, com disponibilidade até 200 mil euros para os projetos candidatos. Todos os 38 projetos vencedores avançaram, ainda que uns mais rapidamente que outros.
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