Reunião CM Abrantes

A Câmara Municipal de Abrantes adquiriu esta segunda-feira, 8 de janeiro, por 25 mil euros, um prédio rústico situado na zona dos Carochos, Abrantes, com uma área de 42.160 m2, onde está situada a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) dos Carochos, em processo de venda judicial, deu conta Maria do Céu Albuquerque durante a reunião de Executivo na terça-feira.

“Demos indicação aos serviços que devíamos apresentar uma proposta para aquisição daquele terreno, nomeadamente porque é uma área para reflorestação que entendemos importante” além de que possui o equipamento municipal da ETAR dos Carochos, explicou a presidente da Câmara Municipal de Abrantes (CM).

Maria do Céu Albuquerque indicou ainda que antes da venda judicial a CM reuniu com a Abrantáqua onde a empresa manifestou intenção de adquirir o terreno para mais tarde o vender à CM. “Entendi não ser o procedimento mais correto e mais transparente mas sim o contrário” disse.

A base de licitação do terreno era de 20 mil euros tendo a CM apresentado uma proposta de 25 mil euros mais um cêntimo. “Houve duas propostas, uma do preço base e a nossa e foi-nos adjudicado” avançou a autarca. A notificação para pagamento deverá chegar nos próximos dias tendo a CM “uma semana para poder liquidar o montante” passando a propriedade do terreno para a CM.

De acordo com o contrato de concessão, os serviços camarários “estão a trabalhar no sentido de acautelar a posição do Município em relação à instalação da ETAR dos Carochos” acrescentou Maria do Céu Albuquerque lembrando ser “uma responsabilidade da Abrantáqua”, tendo em conta o “interesse público” em causa e que norteou a intervenção da CM, afirmou a presidente.

A ETAR dos Carochos, em Abrantes, foi inaugurada pelo ministro do Ambiente em março de 2016. Nesse dia o ex-proprietário, Jorge Dias, barrou o acesso ao local em protesto pela falta de escritura pública que a Abrantáqua nunca conseguiu realizar a par da falta de autorização para desanexar a parcela utilizada para instalação daquele equipamento de tratamento de águas residuais.

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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