Um homem de nacionalidade chinesa, de 35 anos, encontrado morto num quarto alugado em Rio Maior, acabou sepultado no cemitério de Bicas e Vale de Açor depois de permanecer cerca de mês e meio na morgue do Hospital de Abrantes sem que ninguém reclamasse o corpo.
A Agência Funerária Paulino confirmou ao nosso jornal que sepultou o cidadão chinês no cemitério daquela localidade da União de Freguesias de São Miguel do Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo no dia 1 de maio, tendo realizado “um funeral social requerido pelo Município” de Abrantes. Nuno Carola acrescentou que o mesmo obedece “a urna e transporte”, não sendo o primeiro funeral social que realiza no concelho.
O cidadão chinês “era para ser sepultado em Rossio ao Sul do Tejo mas o cemitério está sem espaço e acabou por ser sepultado em Bicas, uma vez que o cemitério foi alargado há dois anos tendo bastante espaço”, explicou, por sua vez, o presidente da União de Freguesias de São Miguel de Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo, Luís Alves.
Segundo o jornal Comércio & Notícias, de Rio Maior, o homem “foi encontrado morto num quarto alugado onde vivia na na Av. Paulo VI, em Rio Maior. O alerta terá sido dado por outras pessoas, também elas com quartos alugados, no mesmo apartamento”.
O mesmo jornal noticia ainda que no dia 5 de março “esteve no local uma patrulha da GNR de Rio Maior, que terá solicitado a presença de inspetores da Polícia Judiciária, os quais estiveram a recolher indícios que possam levar às circunstâncias em que ocorreu esta morte”. Até ao momento não foram apuradas as causas da morte daquele cidadão chinês.

O corpo foi transportado para o Gabinete Médico Legal do Hospital de Santarém mas acabou por vir para o Gabinete Médico do Instituto de Medicina Legal de Abrantes, por não haver vaga em Santarém ao que o mediotejo.net conseguiu apurar.
Após ser autopsiado, permaneceu o cadáver na morgue, cerca de mês e meio, sem ser entregue a quem possuísse legitimidade para requerer a sua inumação ou cremação, por não ter sido reclamado por requerente legal. E desta forma, foram acionados os mecanismos previstos na lei.
O mediotejo.net sabe que, após diligências, a embaixada da China foi contactada e, por sua vez, contactou a família do defunto naquele país. A mesma autorizou a entidade portuguesa com obrigação legal a realizar o funeral.
Ora, a lei indica que compete à Câmara Municipal do local onde se encontre o cadáver promover à sua inumação, até pela qualidade de possuidoras e administradoras de cemitérios, havendo, no caso, um despacho do Ministério Público a indicar essa responsabilidade.

Pelo que o jornal Comércio & Notícias também conseguiu apurar o homem era detentor de alguns negócios no nosso país, trabalhando via Internet a partir de casa.