Abrantes celebra Abril com militares e homenagem aos ‘Combatentes da Guerra do Ultramar’. Foto: mediotejo.net

A Assembleia Municipal de Abrantes reuniu em sessão solene no dia 25 de abril no Regimento de Apoio Militar de Emergência (RAME), momento que incluiu o ‘Concerto 25 de Abril’ pela Jovem Orquestra Sinfónica do Tejo (JOST). Antes, numa homenagem aos militares e aos antigos combatentes foi inaugurada, na rotunda em São Lourenço, a requalificação da rotunda ‘Combatentes da Guerra do Ultramar’.

“Não é possível dissociar o Movimento das Forças Armadas do Dia da Revolução e do 25 de abril de 1974, hoje comemoramos 50 anos de liberdade e de democracia e o mais importante de tudo é que as novas gerações percebam a importância” deste dia, em termos de “liberdade, democracia, progresso e desenvolvimento”, disse Manuel Jorge Valamatos, presidente da Câmara Municipal, tendo feito notar que o movimento dos capitães permitiu também acabar com a guerra no Ultramar, uma “guerra injusta” e que envolveu milhares de jovens, onde muitos dos quais perderam a vida ou ficaram com marcas para sempre.

“Com esta rotunda e com esta chaimite queremos homenagear os militares e os antigos combatentes”, disse, tendo feito notar que, “sem memória, não há futuro”.

A Assembleia Municipal de Abrantes reuniu em sessão solene, no dia 25 de abril, às 16:00, no Regimento de Apoio Militar de Emergência (RAME), momento que incluiu o ‘Concerto 25 de Abril’ pela Jovem Orquestra Sinfónica do Tejo (JOST), uma intervenção da professora Isabel Cavalheiro sobre a experiência pessoal e o contexto histórico vivido à época, a par dos eleitos e representantes das diversas forças politicas.

A sessão solene foi transmitida pela Câmara Municipal de Abrantes e que ver AQUI na íntegra.

Exposições, conferências e concertos integram o programa comemorativo dos 50 anos do 25 de Abril que a Câmara de Abrantes está a promover, sendo objetivo “chamar os jovens” a interagir com os intervenientes da história. Na manhã de hoje, sexta-feira, 26 de abril, foi recriada pelos alunos das escolas, o dia em que a população saiu há rua, há 50 anos, para comemorar o Dia da Liberdade.

No concelho de Abrantes, as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974, organizadas pelo município, vão decorrer “ao longo do ano”, com uma programação mais intensa entre os dias 01 e 30 de abril, com várias atividades culturais e desportivas abertas a toda a população, mas também como vários momentos de interação intergeracional e de reflexão histórica e social.

No dia 24, a freguesia de Bemposta recebeu o concerto Trovas da Liberdade, com o dia 25 de abril a ser dedicado às sessões solenes e ao desporto, com uma caminhada em meio rural, em Água Travessa, e o Grande Prémio de Atletismo 25 de Abril, em Abrantes. 

Na sexta-feira, dia 26 de abril será recriada a caminhada que a população de Abrantes realizou há 50 anos, então no dia 01 de maio, rumo ao quartel da Escola Prática de Cavalaria, hoje RAME, para se manifestar e comemorar com os militares o Dia da Liberdade.

“Noutras partes do país, como em Abrantes, as comemorações só ecoaram uns dias mais tarde, dando mais valor ao “Dia do Trabalhador” e aos seus Direitos”, indica o município na nota informativa.

Assim, e “inspirados pelos registos videográficos do 1º de Maio em Abrantes e das memórias de muitos dos que o viveram”, o município indica que vai “partilhar esses momentos” através de uma “caminhada/manifestação com movimentos, palavras e cartazes produzidos pelos alunos” e “entoar hinos e cantigas de intervenção (…) para fazer chegar a Voz da Liberdade às ruas de Abrantes”.

A fechar abril, no dia 30 de abril, às 21h30, a Praceta Joaquim Daniel Nunes (junto ao pavilhão municipal), em Tramagal, recebe um espetáculo musical com a OLE – Orquestra Ligeira do Exército.

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

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