As questões da CDU prendem-se com o facto da referida ponte ser “utilizada diariamente por comboios carregados de carvão implicando um peso muito significativo” importando, por isso, no entender dos comunistas “saber quais as condições de segurança existentes e qual a respetiva monitorização. Foto arquivo: mediotejo.net

O deputado António Filipe, eleito pela Coligação Democrática Unitária (CDU) pelo circulo eleitoral de Santarém, questionou o Governo na sexta-feira sobre a manutenção e segurança da ponte que liga Mouriscas a Alvega, na Estrada Nacional 358, fazendo a ligação, sobre o rio Tejo, das duas freguesias do concelho de Abrantes.

Através do Ministério das Infraestruturas e da Habitação, o deputado comunista remete duas questões ao Executivo com as quais pretende saber: qual a avaliação de que o Governo dispõe quanto às condições de segurança da Ponte das Mouriscas, na EN 358? e qual a disponibilidade do Governo para assumir a responsabilidade pela manutenção dessa infraestrutura?

As questões da CDU prendem-se com o facto da referida ponte ser “utilizada diariamente por comboios carregados de carvão implicando um peso muito significativo” importando, por isso, no entender dos comunistas “saber quais as condições de segurança existentes e qual a respetiva monitorização”, lê-se no documento enviado ao Ministério das Infraestruturas e da Habitação.

António Filipe refere que “aquando da construção da PEGOP houve a necessidade de fazer uma ponte sobre o Tejo para que passasse o comboio que transporta o carvão para alimentar a Central e nessa altura, foi igualmente construída a parte viária” e lembra que “a ponte ficou sob a responsabilidade da Câmara Municipal de Abrantes”, por razões que a CDU diz desconhecer.

O deputado da nação recorda ainda que “em diversas ocasiões em que a questão foi abordada nos órgãos municipais, foi assumido pela Câmara Municipal que a dimensão daquela estrutura era incompatível com as possibilidades da autarquia para garantir a sua manutenção e que a única solução seria transferir a responsabilidade da ponte para a Administração Central” mas “a situação entretanto mantém-se”.

Paula Mourato

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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