Maria de Lourdes Pintasilgo nasceu em Abrantes no dia 18 de janeiro de 1930. Créditos: DR

A Câmara de Abrantes vai instituir este ano o Prémio Municipal Maria de Lourdes Pintasilgo, tendo hoje aprovado um regulamento para distinguir entidades locais que implementem boas práticas na integração de medidas de promoção da Igualdade e não Discriminação. A proposta será agora submetida à aprovação da Assembleia Municipal.

O Prémio, concedido de dois em dois anos, com início no ano 2021, destina-se a distinguir entidades públicas e/ou privadas do concelho de Abrantes que implementem boas práticas na integração de medidas de promoção da igualdade de género, quer na sua organização ou no seu funcionamento, desde que estimulem a promoção da Igualdade e não Discriminação entre homens e mulheres, nomeadamente na conciliação da vida profissional, familiar e pessoal e na proteção da maternidade e paternidade.

Segundo o regulamento, o prémio consistirá na atribuição de um montante pecuniário no valor de 500,00 euros, sendo também atribuído um certificado de mérito a confirmar que a entidade é reconhecida como um dos melhores locais do concelho de Abrantes para trabalhar no que diz respeito a igualdade de género e não discriminação.

Figura incontornável do panorama cultural, social e político português, Maria de Lourdes Pintasilgo nasceu em Abrantes a 18 de janeiro de 1930, cidade onde viveu até aos 12 anos.

O seu percurso começou a diferenciar-se quando se formou em Engenharia, durante os anos 50 do século XX. Ligada aos movimentos estudantis católicos, entrou na vida política antes da revolução de 1974, foi a primeira mulher secretária de Estado, a primeira a assumir uma pasta ministerial, única primeira-ministra, primeira embaixadora e primeira mulher a candidatar-se à Presidência da República.

Paula Mourato

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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