Na freguesia de Bemposta, uma das 13 do concelho de Abrantes, os maiores problemas prendem-se com a “empregabilidade” e com a “perda de população”. Constituída por sete aldeias: Bemposta, Vale de Açor, Chaminé, Água Travessa, Foz, Brunheirinho e Vale de Horta, ainda conta com pessoas a habitar os montes das herdades mas a comunidade total contabiliza um número inferior a 1500 pessoas. Com as eleições autárquicas no horizonte, Manuel João Alves confirma a sua recandidatura pelo PS à presidência da Junta e recusa terem ficado “promessas por cumprir”, entendendo que os programas eleitorais espelham compromissos, ou seja “objetivos” para “tentar cumprir”. Como ambição ou “sonho”, a pensar na Rota da Estrada Nacional 2, Manuel João Alves gostava de ver nascer na sua freguesia “um local de pernoita para turistas”. O mediotejo.net falou com o autarca no sentido de ‘desenhar’ um retrato da freguesia.
Bemposta é a maior a freguesia – em território – do concelho de Abrantes, conta com 187 km2, ou seja, “mais de um quarto” do território do concelho, explica Manuel João Alves, presidente da Junta de Freguesia quase há 8 anos. No terminus do segundo mandato avança ao nosso jornal a sua intenção de se recandidatar, novamente pelo Partido Socialista, nas próximas eleições autárquicas, sendo que a sua ligação à Junta ultrapassa os 20 anos, tendo ocupado praticamente todos os cargos dos órgãos da freguesia, sempre pelo mesmo partido.
A freguesia que lidera, e na qual nasceu há 51 anos, ocupa o sudoeste do concelho e tem como vizinhos os concelhos de Ponte de Sor a sueste, Chamusca a sudoeste e Constância a noroeste e as freguesias de São Miguel do Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo a norte e São Facundo e Vale das Mós a nordeste.

Um território predominantemente rural de uma freguesia composta por sete aldeias “muito dispersas entre si, distribuídas geograficamente por toda a área da freguesia, com muitos lugares” significando, segundo Manuel João Alves, que “todo o trabalho, não estando as intervenções concentradas, para além de mais difícil, torna-se mais dispendioso porque as deslocações entre as localidades e a sede de freguesia, só por si, são uma despesa acrescida”, designadamente no transporte escolar das crianças, que sendo uma responsabilidade da Câmara Municipal, é realizado pela Junta de Freguesia através de protocolo, possuindo atualmente duas carrinhas para o efeito.
A sua existência remonta ao séc. XIII e deve o nome ao facto de estar bem situada, no local por onde passou a via romana Bracara-Augusta-Mérida. São muitas as curiosidades e os factos históricos: Conta-se que os Romanos estiveram nesta localidade para procurar ouro na água do Rio Tejo e afluentes; as terras pertenceram à Ordem do Hospital; D. Nuno Alvares Pereira dormiu em Água Branca, quando ia a caminho da Batalha de Aljubarrota e existem documentos que testemunham o interesse do Rei D. João I em vir caçar para esta região.
Um território que já foi mais habitado. Atualmente contabiliza “menos de 1500 pessoas. Um número em função dos registos do Cartão de Cidadão. E que resulta dos óbitos. Neste último ano baixou daquilo que é um número muito importante; 1500 eleitores”, explica o presidente, embora sem estabelecer uma influência direta da pandemia de covid-19 no resultado. “Até fizemos uma análise mas não conseguimos correlacionar a pandemia com um possível aumento de mortes”, explica.

As sete aldeias da freguesia são: Vale de Açor, Chaminé, Água Travessa, Foz, Brunheirinho, Vale de Horta e Bemposta. Na sede encontra-se com facilidade estabelecimentos comerciais, como sapataria, talho, funerária, papelaria, vários cafés, loja de eletrodomésticos, restaurante, mercearia, minimercado, posto de combustível, loja de plantas entre outras, sendo que além do posto de saúde, com médico de família e serviços de enfermagem, conta com um consultório médico privado e a biblioteca Lisardo Leitão, uma extensão da biblioteca Municipal António Botto.
Manuel João Alves destaca como “falta” a empregabilidade. “Em termos das respostas básicas temos tudo!”. Além do comércio “temos algumas empresas na área da indústria e inclusive construção civil, mas não há uma resposta de emprego na área fabril, que ocupa uma faixa de pessoas – preocupa-nos mais em termos de emprego jovem – que não estão ligadas nem à construção civil, nem à agricultura, nem à floresta. A que tem mais significado é a indústria, como a Sofalca, a área de intervenção florestal com várias empresas, tal como a construção civil”.
Em termos de empregabilidade, Bemposta contava, no passado, além da agricultura, com uma fatia significativa de postos de trabalho ligados aos caminhos-de-ferro, embora hoje, devido à divisão administrativa, a estação de comboios esteja fisicamente implantada – ainda que inserida na área urbana de Bemposta -, na freguesia vizinha de São Facundo.

“Já não existe! Para Bemposta sempre teve um peso muito grande. Ainda hoje existem alguns funcionários dos caminhos-de-ferro. Em tempos eram muitos empregos ligados aos comboios. Com as alterações decorrentes da evolução, e até com o fim da circulação dos comboios de passageiros, tudo acabou e veio prejudicar muito a população”, explica o presidente da Junta.
Entretanto pouco se alterou, os dias que correm, naquela linha, passam diariamente dois comboios de passageiros, em sentidos inversos. “Não é de todo uma resposta boa, é a mínima. Mas não havendo um comboio de manhã para o Entroncamento é mau! Uma ligação que saísse de Bemposta pelas 7h30 era importante”, opina dando conta de um comboio procedente de Lisboa com destino a Espanha, parando em Bemposta às 11h00. “E depois só ao fim do dia há outro, vindo do Alto Alentejo, que passa por Ponte de Sor, com ligação ao Entroncamento. Melhor que nada, mas é pouco!” insiste.
Por isso, Manuel João Alves defende investimento também “naquilo que não é rentável. Nós também investimentos em muitas coisas que não têm um rentabilidade direta, às vezes, como digo, têm só uma rentabilidade visual. Neste caso, se houvesse uma única carruagem que fizesse a ligação para as pessoas que trabalham, não era mau. Mas não depende de nós embora já tenhamos manifestado essa preocupação muitas vezes”.
Sem resultados até ao momento, apesar do governo defender a Coesão Territorial ao ponto de lhe atribuir um ministério e ter lançado recentemente um Plano Ferroviário Nacional ancorado nos serviços que se pretende prestar ao País e aos cidadãos.

O cenário é diferente no que diz respeito ao transporte rodoviário, designadamente quanto a autocarros. “Há um disponibilidade maior. Diria que praticamente suficiente”, embora reconheça “alguns constrangimentos na lotação” durante a pandemia mas “ultimamente não tem chegado queixas que os autocarros não estão a dar a resposta necessária. Temos tido alguns problemas de autocarros de ligação de Ponte de Sor para Abrantes que, antigamente, se faziam com maior regularidade”. Mesmo assim, considera existir “uma boa disponibilidade desse tipo de transporte aliado a uma situação que está a correr bem que é o Transporte a Pedido”.
O Transporte a Pedido no Médio Tejo é um projeto de transporte flexível. Tem por objetivo aumentar a cobertura da rede de transportes coletivos existente, proporcionando uma oferta em áreas e/ou períodos do dia ou ano onde esta oferta não existe ou é deficitária.
À semelhança do transporte coletivo regular, tem circuitos, paragens e horários definidos. No entanto, os serviços de transporte a pedido distinguem-se do transporte regular porque o cliente é que desencadeia a viagem, através do seu pedido para uma central de reservas.

Em Bemposta esta modalidade de transporte flexível da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo surpreendeu o presidente da Junta. “Há muita recetividade das pessoas. É uma das freguesias onde o Transporte a Pedido é mais utilizado”, revela.
Relativamente ao despovoamento, Manuel João Alves dá conta de alguns jovens já escolherem fixar-se na freguesia, notando a falta de, por exemplo, “diversão noturna”. Contudo, nota o presidente, a pandemia “veio mostrar às pessoas que viver no meio rural “se não mais seguro, mais tranquilizador pelo menos é! Muita gente veio, dos grandes centros urbanos, passar cá grande parte do primeiro isolamento”.
Falta por isso colmatar a lacuna “de cobertura de redes de telecomunicações e dados móveis. É um entrave muito grande, principalmente para os jovens”, vinca referindo a questão do teletrabalho e da escola à distância.
A pandemia veio “por mais a nu as necessidades de cobertura de rede que são pouco eficientes e há pouca oferta”. Na freguesia de Bemposta “só há uma operadora que consegue dar uma maior resposta” diz, indicando “o problema da velocidade” da Internet.

Segundo o presidente, a maior dificuldade de cobertura de rede verifica-se em Chaminé e Vale de Açor. “Mas depois em termos de disponibilidades de rede, é também na sede de freguesia” onde apenas duas operadoras oferecem cobertura total.
Com a escola em casa a solução passou por “alargar o sistema de ADSL, por cabo de linha telefónica e conseguiu-se dar um bocadinho de resposta porque mesmo através da banda larga, não há resposta”, garante dizendo que está prevista uma intervenção da operadora NOS para cobrir aquelas áreas com fibra.
O problema identificado por Manuel João Alves; a demografia diz ser “comum a todos. Devido à baixa natalidade comparativamente aos óbitos. Começamos a ficar velhos”. O presidente nota “um certo egoísmo nas novas gerações”, diz que no passado “havia menos preocupação em ter quatro filhos do que dois hoje em dia […] o nosso consumo está, nas nossas prioridades, à frente de ter filhos”, critica.

Na freguesia, Vale de Horta é a povoação com menos residentes, cerca de 150 pessoas. “Não há uma criança no Centro Escolar de Bemposta proveniente de Vale de Horta. A única aldeia que não têm uma criança de idade até aos 10”, lamenta o presidente.
A “esperança” teima em prender-se ao repovoamento ou ao regresso de quem está fora, ligado “ao modo de vida que cada um escolhe para si. Com as vias que temos não é um obstáculo viver a 10 ou 15 quilómetros do local de trabalho. É muito comum até nos grandes centros. Mas é preciso gostar!”.
Fixar os jovens é, portanto, um objetivo por cumprir. Por isso, refere que a Junta trabalhou junto da Câmara no sentido de “reduzir substancialmente” o valor do loteamento municipal para dar resposta a essa ideia, nomeadamente na sede de freguesia.
“Há sempre disponibilidade de terrenos!” no entanto admite “um pequeno constrangimento” ligado ao Plano Diretor Municipal (PDM). “Foi culpado pela desistência de alguns jovens. O atraso na colocação em prática do novo PDM já levou a que alguns casais jovens fossem habitar para outro lado. Claro que não é bom!”, declara.
Sendo certo que Bemposta aguarda há anos por um investimento – os terrenos estão adquiridos há anos e recentemente o processo esteve em consulta pública -, envolvendo a instalação de uma empresa de criação de perus “a Triperu que é mais uma oportunidade de emprego”.

Mesmo com o envelhecimento da população, as crianças da freguesia encontram parques infantis em vários locais ainda que seja um simples baloiço e um escorrega. Parques infantis mais completos, “onde crianças e pais possam estar juntos, também temos”, revela dando conta também de parques de fitness para os mais pequenos e adultos.
O presidente apresenta-se “disponível” para a população e diz conhecer bem a máxima que “não se pode agradar a gregos e a troianos”, contudo, falando sobre o que gostaria de ter feito destaca a obra em prol da qualidade de vida das pessoas. “A nossa freguesia apenas é dotada de sistema integrado de esgotos na sede, nenhuma das outras localidades tem esse serviço”, refere embora considere a limpeza das fossas sépticas também saneamento básico.
Manuel Alves defende não haver incumprimento de uma promessa eleitoral mas sim “um objetivo a tentar cumprir. Houve sempre um compromisso de tentar fazer, de parte a parte. Tenho consciência de que não é fácil construir um sistema de redes de esgotos num local onde as pessoas são muito poucas. É preferível optar por outras soluções que não esse tipo de investimento”, justifica.
Em termos de abastecimento de água indica que “as redes estão a ser intervencionadas” estando prevista também uma intervenção no sistema de abastecimento de água em Bemposta.

Como ambição ou “sonho”, até a pensar na Rota da Estrada Nacional 2, Manuel João Alves gostava de ver nascer na sua freguesia “um local de pernoita para turistas. Ter um alojamento comum”. De resto a Junta “vai ouvindo o população e percebendo ao que pode dar resposta” mas o presidente “têm ideia de fazer um trilho pedonal pela freguesia e um circuito pedonal”. E ainda acabar “um parque de fitness e um ou outro abrigo de passageiros” antes de terminar o atual mandato.
Embora a EN2 permaneça uma preocupação no que toca a sinistralidade. “Tem um volume de tráfego muito grande e por essa via as possibilidades de acidentes aumentam. E como tem algumas zonas sinuosas continua a haver alguns acidentes”.
A Infraestruturas de Portugal “optou por sinalizar o perigo nessas zonas mas muitas vezes o condutor nem sequer vê o sinal e não o entende como um perigo. Hoje em dia as velocidades praticadas na estrada são muito elevadas”, nota admitindo desconhecer o índice de sinistralidade existente atualmente na sua área de influência.
Mas contabiliza, em média, desde o cruzamento de Foros do Arrão até ao Rossio ao Sul do Tejo “dois acidentes por mês. Acidentes com consequências mais graves, ocorreu um há dois anos que fez uma vítima mortal, numa das curvas” ao quilómetro 418.6.
Além disso, “o piso da EN2 começa a ficar degradado. Espero que não seja para muito tarde a intervenção a efetuar”.

Contudo, as suas preocupações estão principalmente ligadas a área social. “As pessoas merecem uma qualidade de vida mínima, aliada às infraestruturas básicas para terem uma vida condigna”, defende. Manifesta preocupação ainda com o associativismo, particularmente devido à falta de jovens para dinamizarem as coletividades.
“Temos muitas associações, praticamente uma em cada aldeia e Bemposta tem mais do que uma” como a Sociedade Recreativa e Musical, a Associação de Solidariedade Social, o Bemposta Futebol Clube, o Grupo Folclórico e um grupo de intervenção na área social o grupo de jovens Pequenos Sóis. E ainda o Grupo Desportivo de Brunheirinho, a Associação Cultural e Recreativa Amigos de Vale de Horta, a Associação de Festas da Foz e Água Travessa Futebol Clube.
Também Chaminé tinha uma associação cultural mas “recentemente foi desativada” devido ao decréscimo da população, dá conta. Manuel João receia que o envelhecimento e o despovoamento resulte em “menos disponibilidade para este tipo de voluntariado”.
Opina que “o desconfinamento irá ditar agora se as pessoas estão mais ou se estão menos disponíveis”, notando que os eventos organizados pelas coletividades são uma forma de convivência que não tem lugar pelo segundo ano consecutivo.

Manuel João Alves, que na função de presidente da Junta “não teria mudado nada” do trabalho realizado ao longo dos dois mandatos a não ser “mais ambição”, gosta da atividade, particularmente no relacionamento entre presidentes de Junta.
“Tem evoluindo muito; a partilha, o trocarmos ideias, às vezes até sobre o cumprimento do que temos de fazer. É muito salutar o espírito de entreajuda que temos tido” reforçado pelo combate de primeira intervenção aos incêndios. “Funciona como equipa e isso transporta-se para os outros assuntos. Vamos ajudando-nos mutuamente”, diz.
No caso de Manuel trata-se de uma função a tempo inteiro. Defende ter de ser agarrada dessa forma, “uma freguesia desta dimensão precisa um presidente sempre disponível”. Caso contrário, necessita de uma equipa complementar, “de uma estrutura organizativa em termos de recursos humanos que permita que só haja uma verificação dos trabalhos porque toda a coordenação e execução está a cargo das pessoas responsáveis por isso. O que não acontece maioritariamente nas freguesias rurais porque o próprio presidente, se for preciso, tem de abrir uma sepultura. Temos de fazer tudo!”.

A Junta de Freguesia contabiliza sete trabalhadores, todos com vinculo laboral e decorre neste momento um concurso público para a contratação de um assistente operacional para serviços exteriores. “O presidente de junta não é um profissional da área, é uma pessoa que tem disponibilidade para dar o seu tempo à causa pública. Um presidente a meio tempo ganha menos que um salário mínimo, não me parece sustentável”, refere, tendo feito notar que com menos de 1500 habitantes terá de passar a exercer a meio tempo, pelo menos em termos de vencimento, caso seja reeleito nas autárquicas deste ano.
Manuel João Alves admite que a Junta já recorreu a trabalhadores através dos CEI – Contratos de Emprego de Inserção. Mas “agora não. Nunca achei correto recorrer ao que está disponível para colmatar uma necessidade. Acho que é uma solução em termos de despesa porque há muitas juntas de freguesia que não têm capacidade financeira para pagar o salário de um trabalhador com vínculo”.
A Junta de Freguesia de Bemposta tem um orçamento total, incluindo protocolos realizados com a Câmara Municipal de Abrantes, na ordem dos 400 mil euros, sendo a transferência do Fundo de Equilíbrio Financeiro (FEF) cerca de 140 mil euros.
Por isso defende “uma transferência dos valores diretamente do Estado central” para as Juntas de Freguesia e não serem os municípios a substituir-se ao mesmo. Manifesta-se um critico das cada vez mais competências atribuídas ou delegadas que “não vêm acompanhadas de um pacote financeiro, que não acompanha a evolução daquilo que se vai exigindo ao desempenho da atividade da Junta. Falta um acrescimento significativo”.

Como aspetos a melhorar aponta as acessibilidades – neste momento está em construção uma estrada para ligar Água Travessa a Ponte de Sor – e a conservação das estradas mas também “a parte de contribuição” dos cidadãos que segundo diz “está a perder-se” e, sendo mais abrangente, defende “uma oferta diversificada” nas várias freguesias do concelho para que todos possam beneficiar, dando como exemplo as piscinas descobertas de Vale das Mós na freguesia vizinha.
Dois aspetos que salienta passam, por um lado pela preservação da cultura local, “não deixar que as pessoas se esqueçam aquilo que já fomos”, e por outro lado pelo abandono da agricultura. “Está a ficar muito parada. Outrora a agricultura foi um dos grandes motores de desenvolvimento da freguesia e agora está a ser absorvida pela parte florestal”, lamenta.

Hoje, quinta-feira da Ascensão, é feriado em muitos municípios portugueses. Não é o caso de Abrantes que celebra o seu feriado municipal a 14 de junho, no entanto, em Bemposta, o dia da Ascensão, não sendo feriado, é como se fosse. Em 2021, calha a 13 de maio, mas à semelhança do ano passado, sem os festejos da Ascensão, com a tradicional procissão, uma festa religiosa que não sendo da responsabilidade da Junta de Freguesia conta com a sua colaboração.
Por causa da pandemia, não poderá haver a habitual festa popular e ajuntamentos, sendo que a missa em honra da Nossa Senhora do Rosário decorrerá na igreja de Bemposta, seguida de uma procissão em automóvel em cortejo simbólico com a imagem da Senhora do Rosário pelas ruas da aldeia, tendo sido pedido que as pessoas ofereçam flores à imagem.

A Eucaristia será transmitida em direto através das redes sociais, do jornal mediotejo.net e da rádio Antena Livre. Tendo em conta as contingências pandémicas, esta quinta-feira e no sábado, haverá frango assado à moda da Bemposta, disponível por encomenda e apenas em serviço de take away.
Um ano e alguns meses após a covid-19 ter chegado a Portugal, Manuel João Alves considera que a pandemia trouxe “humildade”. Não vê na sua região “nenhuma revolta. As pessoas têm cumprido e cada vez mais se dá valor ao relacionamento pessoal”. Por isso, no próximo mandato, caso seja eleito, “vou repensar muito bem porque o objetivo é fazer mais e melhor e não propriamente comprometimentos com algo que não possa concretizar”.

Procurava um artigo sobre área possível de construção em terreno urbano nas freguesias de Abrantes, quando li este artigo sobre a freguesia de Bemposta (minha Terra Natal).
Paula Mourato (deixe que a trate assim), sinceros parabéns pela descrição/entrevista e uma palavra de solicitude ao presidente da Junta, Manuel João, que colocou “o dedo na ferida” nas dificuldades que as pessoas da freguesia de Bemposta estão a passar – a esperança é a ultima a morrer.
Parabéns pelas fotos, muito bem conseguidas.