No dia 07 de abril, sexta-feira, em Abrantes, o Atelier Rua, que há 10 anos foi o responsável pelo projeto arquitectónico de construção do ParqueTejo, em Rossio ao Sul do Tejo, realizou a conferência que celebrou uma década de percurso dos 4 arquitectos que compõem o Atelier: Francisco Garcia, Luís Costa, Paulo Borralho e Rui Didier.
O projeto, “mais importante de todos, para nós, é de fato este onde nos encontramos, e que de certa maneira também permitiu afirmar o atelier”, reconheceu Paulo Borralho, recordando que quando se propuseram a participar do concurso eram jovens e que a atividade que desenvolveram “aqui neste território foi marcante e decisiva para que o Atelier se pudesse afirmar.”
Ao recordar o percurso durante a última década, sempre entre o rio Zêzere e o Tejo, o arquitecto deixou uma mensagem dizendo: “Não deixem de acreditar que é de facto possível, construir este património, porque só assim que ateliers jovens, como o nosso, tem a possibilidade de alguma vez deixarem de ser jovens, e passarem a ser um pouco mais do que isso.”

Em 2006 foi lançado um concurso internacional da dinamização das margens do rio Tejo e o, Atelier Rua, concorreu e foi premiado. Por isso construíram alguns projeto, inclusive o ParqueTejo.
José Manuel, que apresentou o livro que integra dois dos projetos dos arquitetos, disse que “o do parque, para mim, é particularmente interessante. E se eu já tinha visto em fotografia, pude hoje verificar e confirmar que esta estrutura aberta, premiada, leve, que o projeto tem, e a relação que ele tem com a natureza e com a paisagem, é particularmente interessante”.
Foram apresentados em slides, com fotografias e imagens técnicas, as obras realizadas e os projetos que ainda não foram aprovados para construção. Uma rota a volta do rio Tejo, com marcos que definem a paisagem, com miradouros, locais para bicicletas, balneários, pontes, locais para caminhadas, quiosques e vários outros dispositivos, que foram propostos para as autarquias ribeirinhas.
Projetos prontos para a dinamização do jardim da vila de Constância, incluindo um museu náutico e a revitalização de espaços antigos e hoje inabitáveis, também foram expostos.