A Associação Recreativa da Portela, na freguesia de Fontes, Abrantes, vai assumir a exploração do bar da Praia Fluvial de Fontes. A decisão foi tomada pela Câmara Municipal de Abrantes na sequência de um concurso público “deserto” para a concessão daquele espaço de lazer, e depois da Associação da Portela ter manifestado interesse na cedência daquele equipamento, com o objetivo de aplicar os dividendos na freguesia. A contratação de dois nadadores salvadores ficará a cargo do Município.
A falta de concessionário para a nova praia fluvial de Fontes, no rio Zêzere, no concelho de Abrantes. já tem solução. Apesar de pronta, com os respetivos equipamentos, a praia fluvial não assegura vigilância uma vez que o concurso público para a concessão responsável pela gestão dos equipamentos, nomeadamente do bar de apoio e do selo de praia fluvial, ficou vazio. No entanto, a Associação Recreativa da Portela vai assumir a exploração do bar e a Câmara Municipal assume a contratação de dois nadadores salvadores. A notícia foi avançada esta terça-feira, 10 de julho, em reunião de Executivo Municipal.
A época balnear abriu oficialmente dia 1 de julho, contudo, a praia não oferece segurança, podendo ser utilizada com a advertência aos banhistas de praia sem vigilância. A Câmara Municipal de Abrantes lançou o concurso no dia 6 de junho com propostas a enviar até dia 20 de junho, mas sem uma única candidatura.

Neste momento, o vice-presidente, João Gomes, explicou ao mediotejo.net que lançar novo procedimento “iria demorar imenso tempo e estaríamos a entrar num período perto do encerramento da época balnear”.
Assim, e porque quer a Junta de Freguesia de Fontes quer a Associação da Portela “entraram em contacto com a Câmara Municipal” para “uma formalização concreta” no sentido da cedência do equipamento à Associação da Portela, a solução foi encontrada.
Trata-se de “um local que bem conhecem e têm todo o interesse na sua dinamização, uma vez que a receita do bar vai ser usada em prol da comunidade daquela localidade”. No entanto, esta solução terá lugar apenas no verão de 2018. “Para o ano iremos de novo abrir concurso para concessão”, garantiu.
As obras avançaram pelo valor de 150 mil euros. E quem for à praia de Fontes, que na verdade dista cerca de quatro quilómetros da aldeia, pode ver a piscina a flutuar no rio com alguns banhistas a usufruírem da zona de lazer, apesar do alerta para praia sem vigilância.

Para a vigilância da praia fluvial de Fontes a Câmara Municipal encontrar-se em processo de recrutamento de dois nadadores salvadores. “Não está a ser fácil”, admitiu João Gomes. A dificuldade prende-se, segundo o vice-presidente, com “a escassez de nadadores salvadores” no País. “Estamos a tentar resolver a questão o mais rapidamente possível” para que “no restante mês de julho, agosto e início de setembro” exista vigilância e segurança na praia fluvial de Fontes.
Emoldurada por uma abundante vegetação em tons de verde em espelho nas límpidas águas do Zêzere, a praia fluvial de Fontes situa-se num recanto que privilegia o descanso e o silêncio, por vezes quebrado por uma ou outra embarcação de recreio.

A infraestrutura dispõem de serviços de apoio que contam com nove lugares de estacionamento, um dos quais para pessoas com mobilidade reduzida, acessos pedonais, um bar com 18,75 metros quadrados, sanitários, balneários, duches com uma área de 24 metros quadrados, um ponto de água potável, uma zona de lazer equipada com mesas, bancos e papeleiras, um parque para contentores de resíduos indiferenciados e ecoponto e iluminação pública bem como piscina flutuante na água, apenas para adultos, embora tenha cerca de 1 metro e meio de profundidade.
Tal como pode comprovar o mediotejo.net no local, foi também criada uma zona de proteção interdita a viaturas.
As intervenções de manutenção do espaço estão concluídas garantiu também o vice-presidente. Falava de “limpeza de ervas, tratamentos de madeiras”. Falta colocar “uma pérgola [estrutura para zona de sombra], passadiço até à piscina, que preferimos não colocar na altura das obras por questões de segurança e temendo atos de vandalismo”, explicou.
