A Assembleia Municipal da Abrantes condenou na sexta-feira 25 de fevereiro, a invasão da Ucrânia pela Rússia. O manifesto de repúdio pela guerra partiu da bancada do Partido Socialista mas a maioria das forças políticas, que pediram a palavra no período antes da Ordem do Dia, manifestaram solidariedade para com o povo ucraniano condenando a ação militar russa.
No arranque da reunião da Assembleia Municipal de Abrantes, que decorreu na tarde de sexta-feira no auditório da Escola Dr. Solano de Abreu, o presidente da União de Freguesias de Abrantes e Alferrarede, e líder da bancada socialista, demonstrou preocupação relativamente ao que está a acontecer na Ucrânia e citou o primeiro-ministro português no que toca ao acolher de refugiados ucranianos no país, ação que defende também para o concelho de Abrantes.
ÁUDIO | BRUNO TOMÁS, LÍDER DA BANCADA PS EM ABRANTES:
Palavras como liberdade, democracia, solução pacifica de conflitos e solidariedade foram proferidas pelos deputados municipais em Abrantes, esperando que o conflito tenha um fim próximo e que a diplomacia consiga alcançar a paz.
ÁUDIO | JOSÉ RAFAEL NASCIMENTO, ELEITO DO ALTERNATIVAcom:
Da parte da Câmara Municipal, o presidente Manuel Jorge Valamatos deu conta de residirem no concelho de Abrantes 63 ucranianos garantindo que o Município irá manifestar nos devidos órgãos “toda a nossa solidariedade” ao mesmo tempo que adiantava já ter contactado membros do Governo relativamente ao conflito militar mo leste europeu.
ÁUDIO | JOSÉ MORENO, ELEITO DO PSD:
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram, segundo Kiev, pelo menos 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.
ÁUDIO | RUI ANDRÉ, MIFRM – PRESIDENTE FREGUESIA RIO DE MOINHOS:
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa “desmilitarizar e desnazificar” o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus “resultados” e “relevância”.
ÁUDIO | LUIS LOURENÇO, ELEITO DA CDU:
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
CSDN aprova eventual participação de militares portugueses em forças da NATO
O Conselho Superior de Defesa Nacional (CSDN) deu parecer favorável, por unanimidade, a propostas do Governo para a eventual participação de meios militares portugueses em forças de prontidão da NATO.
Na sequência da operação militar da Rússia na Ucrânia, o primeiro-ministro afirmou na quinta-feira que os meios militares portugueses atribuídos a forças de reação rápida da NATO em 2022 poderão ser ativados para “missões de dissuasão” em países membros da aliança, caso seja essa a decisão do Conselho do Atlântico Norte.
Portugal participa em 2022 na NATO ‘Response Force’, que contempla três forças de prontidão diferentes que podem ser ativadas pela aliança na totalidade ou em parte, em função da tipologia da missão a realizar.
Na força de mais elevada prontidão, de até 7 dias, designada `Very High Readiness Joint Task Force´ (VJTF), poderão participar até 1049 militares portugueses, 1 navio, 162 viaturas táticas e 7 aeronaves. Na ‘Initial Follow on Forces Group’ (IFFG), com prontidão de 30 dias, poderão ser empenhados até 472 militares portugueses, 36 viaturas táticas e 2 navios.
A VJTF foi criada em 2014 e está permanentemente preparada para responder em dias para defender qualquer país aliado. Atualmente é comandada pela França.
Segundo o plano das Forças Nacionais Destacadas para 2022 divulgado pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) em janeiro, existe ainda a ‘Nato Readiness Initiative’, com prontidão “a definir”, que poderá abranger até 207 militares portugueses, 4 viaturas táticas e 1 navio.
O plano da participação portuguesa em missões internacionais objeto de aprovação pelo Conselho Superior de Defesa Nacional inclui ainda o empenhamento de 174 militares portugueses ao longo do ano de 2022 para a Roménia, ao abrigo da ‘Tailored Forward Presence’ da NATO.