A Assembleia Municipal de Abrantes aprovou a revogação da deliberação sobre a autorização da adesão da Câmara Municipal de Abrantes à Confraria Ibérica do Tejo. “Pela expressão da calendarização das suas atividades, pelo dinamismo da própria associação e pela não existência de elementos solicitados pelo Tribunal de Contas temos de fazer o processo de revogação”, explicou aos deputados municipais o presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos (PS).
A Câmara Municipal de Abrantes anulou a sua adesão à Confraria Ibérica do Tejo com a Assembleia Municipal a votar favoravelmente essa decisão apenas com o voto contra do presidente da Junta de Freguesia de Rio de Moinhos.
“Pela expressão da calendarização das suas atividades, pelo dinamismo da própria associação e pela não existência de elementos solicitados pelo Tribunal de Contas temos de fazer o processo de revogação” explicou aos deputados municipais o presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Valamatos.
Esta decisão agora aprovada pela Assembleia Municipal não invalida que “circunstancialmente” o Município “apoie a Confraria Ibérica do Tejo em eventos que nos digam respeito e que possamos entender de relevância” para Abrantes, acrescentou.
Quer o deputado municipal do Partido Social Democrata, João Fernandes, como o presidente da Junta de Freguesia de Rio de Moinhos, Rui André, quiseram perceber se foi a solicitação do Tribunal de Contas que ditou tal decisão, ao que Manuel Jorge Valamatos explicou que “sim”.
A Confraria Ibérica do Tejo, entidade que agrega pessoas e entidades de Portugal e Espanha e das várias comunidades ribeirinhas ao longo do rio Tejo foi constituída em Vila Franca de Xira em março de 2017. Trata-se de uma associação sem fins lucrativos, criada como uma plataforma não reivindicativa, para aproximar pessoas e entidades ao longo do Tejo ibérico, para confluírem em pontos de entendimento válidos para o desenvolvimento harmonioso e sustentável das comunidades ribeirinhas.
Rui André afirmou que a Confraria tem realizado algumas atividades lembrando que a associação visa a valorização do rio Tejo. “Para valorizar aquilo que é nosso convém trabalharem juntos […] quando uma associação pretende a valorização do rio Tejo valoriza o território e o interior […] e a História” disse referindo o Cruzeiro Religioso e Cultural do Tejo “que é internacional! No ano passado foi de Espanha até Lisboa” recordou.
O autarca considera a Confraria “uma ancora que devemos agarrar, perceber o que é bom e menos bom e olhar para as atividades e poder encorajar as pessoas e fazer e valorizar aquilo que é nosso” referindo também os quatro cadernos culturais editados nomeadamente: “Doçaria Tradicional de Abrantes; Memórias de um Guarda-Rios; Os Calafates de Alferrarede; a Cerâmica do Tejo de Mouriscas”.
Mas segundo o presidente da Câmara “é o Tribunal de Contas que não permite ao Município – Abrantes e Vila Franca de Xira – integrar os órgãos sociais”, reiterou Manuel Jorge Valamatos, explicando que “pede um conjunto de documentos não inexistentes. Mas não deixamos de apoiar os eventos do nosso interesse como sempre apoiamos até agora”, vincou.