O movimento independente ALTERNATIVAcom, que se candidata às próximas eleições autárquicas em Abrantes, compromete-se, “até ao final do mandato, mais do que duplicar o movimento turístico” (…) “explorando todo o potencial da tradição ‘Abrantes, Cidade Florida’, da Rota Turística da N2 e dos diversos equipamentos e percursos internos integrados”.

Para o cumprimento do desígnio, segundo refere em nota de imprensa, o movimento conta “com a iniciativa criadora e o empreendedorismo dos cidadãos, e com o envolvimento ativo de todas as freguesias, associações e coletividades”.

Além dos projetos de “reflorir Abrantes, recuperar a antiga Festa da Flor, instalar uma estufa-fria floral visitável – com canteiros adotados por cidadãos e instituições – e lançar uma iniciativa de investigação e debate sobre ‘Rotas Turísticas na Era Digital, o ALTERNATIVAcom compromete-se “a apostar fortemente na oferta gastronómica, de restauração e bebidas, e num conjunto de festivais e eventos com marca e prestígio duradouros, assim como a valorizar e promover a oferta turística museológica, religiosa, industrial, militar, de natureza, lazer, saúde, desporto, aventura e entretenimento, entre outras”.

O movimento independente nota que “apesar da quantidade de estudos e instrumentos turísticos existentes, o trabalho autárquico precisa de ser mais consequente, pois os últimos indicadores estatísticos (2019) revelam uma realidade frouxa, de que não nos podemos orgulhar”.

Comparando Abrantes com Tomar, por exemplo, “além de oferecermos pouco mais de metade dos alojamentos turísticos, registamos 3 a 3,5 vezes menos hóspedes e dormidas. Por quarto e por alojamento, Tomar recebe +69% e +116% de hóspedes do que Abrantes, ou seja, tem muito mais movimentação turística com pernoita, já para não falar de quem apenas por lá passa”.

Renovar a sinalização rodoviária e turística, é outra das promessas do movimento liderado por Vasco Damas, bem como investir “significativamente na comunicação interna e externa, para dar a conhecer Abrantes, não só na região, mas em todo o País e além-fronteiras. Abrantes voltará a aparecer destacada no mapa e a fazer jus à sua centralidade, não apenas geográfica, mas sobretudo no pensamento e no coração do povo português, da diáspora abrantina e dos muitos milhares de amigos que temos espalhados pelo Mundo”, lê-se também em nota de imprensa.

O desenvolvimento turístico sustentável – estreitamente ligado ao progresso cultural, económico, social e ambiental da nossa terra – constitui uma das prioridades do movimento ALTERNATIVAcom. “Temo-lo afirmado repetidamente e chegou a hora de assumir com toda a clareza, também nesta área, compromissos firmes e responsáveis que são, por um lado, apanágio da nossa candidatura autárquica e, por outro, merecedores de crescente reconhecimento e confiança por parte dos cidadãos eleitores”.

Abrantes dispõe de recursos turísticos “preciosos, genuínos e inesgotáveis, capazes de responder, a curto prazo, a boas políticas e estratégias municipais (e intermunicipais/regionais). Tudo começa com a afirmação da nossa identidade, comunicando-a com eficácia ao País e ao Mundo. Propusemo-la em comunicado anterior, defendendo o conceito de ‘centralidade e encruzilhada de caminhos, dos «caminhos da diver-cidade», de todos os caminhos que vão dar a Abrantes'”.

Definida a identidade, defende valorizar a oferta turística – pública e privada – “respeitando o papel de cada uma, sem atropelos nem vacuidades. Essa valorização passa pela inovação, diferenciação, qualidade, comunicação e promoção em rede, envolvendo todos os órgãos autárquicos, agentes turísticos – diretos e indiretos, internos e externos – e os próprios cidadãos. Abrantes continuará a destacar-se pela simpatia, disponibilidade e hospitalidade das suas pessoas e instituições, sendo este o nosso melhor cartão de visita, determinante para o passa-palavra e a fidelização dos visitantes”.

Entre outros, salienta como elementos distintivos do “vastíssimo” potencial turístico de Abrantes: “a abundante e diversificada riqueza natural e ambiental, o notável e valiosíssimo património edificado (incluindo o religioso, industrial e museológico), as tradições confluentes e seculares, a gastronomia de excelência (doçaria, petiscos e pratos típicos), a produção local (vinhos, azeite, cortiça, mel, etc.) e as vias de comunicação rodoviárias (N2, N3, N118, A23), ferroviárias (Linhas da Beira Baixa e do Leste) e fluviais (Tejo e Zêzere/Castelo do Bode)”.

Paula Mourato

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *