A Unidade de Saúde Familiar (USF) D. Francisco de Almeida, em Abrantes, mantém estatuto de USF, embora ainda sem transformação de modelo A para B, com maior autonomia e com mais incentivos financeiros. A diretora executiva Diana Leiria confirmou ao nosso jornal que aquela unidade de saúde “está a passar por um processo de reorganização” mas tal, garantiu, sem “implicações na prestação de cuidados aos utentes”.
Tudo como dantes, na Unidade de Saúde Familiar (USF) D. Francisco de Almeida, em Abrantes. Assim garante a diretora executiva do Agrupamento dos Centros de Saúde (ACES) Médio Tejo, Diana Leiria. Questões sobre o funcionamento daquela unidade de saúde surgiram recentemente na comunidade abrantina nomeadamente quanto à demissão de médicos, sendo até levantadas em reunião de Câmara Municipal de Abrantes pelo vereador eleito pelo Bloco de Esquerda, Armindo Silveira.
Questionada pelo jornal mediotejo.net, Diana Leiria nega que a USF D. Francisco de Almeida tenha perdido o estatuto de USF admitindo, no entanto que a unidade de saúde está “a passar por um processo de reorganização que em momento algum teve, tem ou terá implicações na prestação de cuidados aos utentes inscritos nas listas dos profissionais que ali exercem”, assegurou.
Confirmou que “alguns profissionais apresentaram o seu pedido de cessação de funções na USF”, situação que indicou estar “prevista” naquele modelo organizacional. “A criação de uma USF tem na sua génese a adesão voluntária dos profissionais a uma equipa de trabalho pelo que, quando existem divergências no seio dessa equipa, os profissionais são igualmente livres de pedir a sua desvinculação”, explicou, em declarações ao nosso jornal.
No entanto, segundo a diretora executiva do ACES Médio Tejo, “isso não implica forçosamente que a USF deixe de existir, nem tão pouco que os utentes deixem de ter o devido acompanhamento. As equipas e os modelos organizacionais são adaptados às novas realidades”, vincou.
Por isso, o ACES Médio Tejo manifestou condições de poder garantir a qualidade dos serviços de saúde prestados aos utentes naquela unidade. “Reitera-se que os profissionais, mesmo os que quiseram cessar funções na USF, continuarão a trabalhar em Abrantes e a seguir os seus utentes”, indicou.
Diana Leiria acrescentou que, “independentemente do modelo organizativo no qual se inserem, os profissionais de saúde cumprem escrupulosamente as boas práticas clínicas e desenvolvem a sua atividade de acordo com a legis artis”.
No final de 2019, a ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou a transformação de vinte USF de A para B, modelo com maior autonomia e mais incentivos, o que veio a acontecer no passado dia 1 de dezembro, contudo no Médio Tejo apenas a USF Almonda, em Torres Novas, apresentou condições e deu esse passo.