Mário Isidoro Sousa, sentado num trator agrícola de 1978, decidiu percorrer Portugal de lés-a-lés, pela Estrada Nacional 2. Esta quarta-feira, 1 de junho, passou por Sertã e Vila de Rei, e a 2 de junho por Sardoal e Abrantes. Em média percorre, por dia, 170 quilómetros, desligando diariamente o motor às 19h30.
Nesta viagem de Chaves a Faro, pela mítica EN 2 – com uma pequena passagem pela EN17 –, ao volante do seu velhinho Deutz, prossegue agora para lá de Ponte de Sor, rumo a Faro. “Já percorri tantas vezes a EN2 de mota… desde 1985”, conta ao mediotejo.net. Desta vez decidiu mudar de viatura.
“Não podia ser um veículo fechado, portanto carro estava fora de questão. A ideia era viajar ao sabor do vento, poder contemplar a paisagem devagar e observar com detalhe”, refere.
Um projeto com três anos, que a pandemia interrompeu e que agora foi possível colocar na estrada, tendo saído de Arruda dos Vinhos no dia 26 de maio. Explica que no início, durante dois dias, ainda conseguiu percorrer 200 km diários, mas à medida que a viagem foi ficando conhecida através das redes sociais, diminuiu os quilómetros por conta das fotografias, da conversa, dos abraços e dos amigos que faz pelo caminho.
Aliás, as amizades que se fazem são “a grande compensação” desta aventura, afirma, lembrando a concentração de tratores na qual compareceu, no passado domingo, em Vila Pouca de Aguiar.

Assim, rolando pela estrada a uma velocidade entre os 25 e os 30 km por hora, chegou ao Alentejo, esta quinta-feira, 2 de junho. Após Sardoal encontrou Abrantes, depois chegou a Ponte de Sor, e aquando da nossa conversa, estava precisamente em Montargil.
A seguir terá Mora, Brotas, Ciborro, Montemor-o-Novo e talvez Santiago do Escoural para pernoitar. Alcáçovas terá de ficar para amanhã, por causa de “um convite para lanchar numa herdade” alentejana.
Em cada noite, não tem alojamento marcado, porque nunca sabe se avança o esperado, por isso traz consigo uma tenda de campismo, saco cama e tudo quanto precisa para acampar, o que aconteceu logo na primeira noite. E nem a chuva tem sido preocupação. “Ainda só calhou um dia, e a viagem tem corrido bem”, conta. Além disso, explica, viajar de trator não é cansativo. “Faço uma hora de condução e descanso 20 minutos. Sábado já espero chegar a Faro”, diz ao nosso jornal.
Mário Isidoro Sousa partiu para esta aventura de Arruda dos Vinhos há exatamente uma semana, sendo esta viagem uma experiência inédita, ou seja, será a primeira vez que alguém se propõe atravessar a EN2 num trator, sendo que no total a sua viagem terá cerca de 1.600 quilómetros, embora no início tivesse contabilizado 1.500. “Vou superar! Acabei de fazer 1.000 km, mais 300 até ao Algarve e mais 300 para cima”, conta, explicando que o seu percurso se desenha desde Arruda dos Vinhos até Chaves, de lá pela EN 2 até Faro e depois, novamente, até Arruda dos Vinhos.

A EN2 é muitas vezes comparada com a ‘Route’ 66, porque, à semelhança do que acontece com a estrada norte-americana, também rasga o país de uma ponta à outra.
A estrada passa pelo interior de povoações de Trás-os-Montes ao Algarve, e liga paisagens tão diferentes como as vinhas do Douro, a região florida do Médio Tejo, as planícies do Alentejo ou as praias do sul do país.
Bom dia senhor tratorista que Deus o ajude no evento e se sirva de exemplo para o nosso governo que olhe mais para qem trabalha as terras e ajude a produzir o suficiente para a nossa alimentação , especialmente nos cereais ,trigo. Não se aproveite da guerra ,para destruir Portugal para que os engenheiros passem do papel ao terreno ,e os grandes , deixem ,produzir , em Portugal o suficiente para ,o consumo com tantas máquinas ,da qual esse grande trator é o exemplo, se quer brincar com o preço do gasóleo , brinque com a margem dele , não meta a mão no bolso dos portugueses ,agricultores que trabalham para eles terem que comerem ,deixem de importação desnecessária,Portugal podia produzir quase tudo o que consome,se não fosse a ganância do governo e seus associados, e não se desculpem com a guerra e pandemia, ponham máquinas agrícolas a trabalhar em vez de máquinas de guerra ,o que consomem em máquinas de guerra dava para sustentar Portugal, este governo está louco estuda muito mas sabe pouco , parabéns senhor tratorista força e coragem grande máquina!!!