É nas noites de Primavera que o canto interminável do rouxinol-comum (Luscinia megarhynchos) se faz ouvir, prolongando-se por toda a noite.
Castanho e algo incaracterístico, o rouxinol-comum não é uma ave muito fácil de identificar visualmente. A longa cauda arruivada, visível sobretudo em voo, contrasta com os tons acastanhados do dorso. É sobretudo pelo canto que o rouxinol-comum se faz notar e pode ser identificado. Este canto é muito variado, contendo diferentes sequências de notas. Uma das mais características é o “tu-tu-tu-tu-tu” em crescendo.
O rouxinol-comum é bastante frequente em Portugal, mas a sua abundância apresenta importantes variações a nível regional. Assim, no litoral norte e centro é escasso, mas no interior norte e centro é muito abundante, tal como no litoral sul e em certas zonas do Algarve.
Esta espécie esconde-se geralmente no meio de vegetação densa e raramente pousa à vista. No norte frequenta todo o tipo de matagais, ao passo que no Alentejo ocorre principalmente ao longo de rios e ribeiras, onde a vegetação é mais densa.
O rouxinol-comum é estival, fazendo ouvir o seu canto a partir de finais de março ou princípios de abril. Em junho começa a deixar de se ouvir e em agosto abala rumo a África.
Presente em todo o Médio Tejo.
Vocalização do Rouxinol-comum:
Fonte: “Aves de Portugal”
Fotografado em Tramagal