Esquilo-vermelho (Sciurus vulgaris) – Extinto em Portugal desde o século XVI, voltou a colonizar o norte do país a partir de populações espanholas. Foram tentadas algumas introduções no centro do país na década de 90, existindo actualmente uma população um pouco por todo o país, onde o Médio Tejo não é exceção, e que tem vindo a aumentar e a distribuir-se por vários concelhos.
O esquilo possui uma agilidade incrível, que lhe permite dar grandes saltos nas copas das árvores, e a sua cauda felpuda torna-o inconfundível. Trata-se de um mamífero de pequeno porte, da ordem Rodentia e da família Sciuridae. O comprimento do corpo é de 18-24 cm e a cauda mede cerca de 17 cm. Os juvenis pesam 100-150 g, podendo os adultos atingir as 450 g.
Esta espécie tem uma dieta generalista, essencialmente baseada em matéria vegetal. Os seus alimentos preferidos são as sementes de coníferas e caducifólias. Quando estas escasseiam, consomem cogumelos e outros fungos, raízes e flores, insectos, minhocas e ovos retirados do ninho de aves. As cascas de certas árvores fornecem-lhes um suplemento de minerais. Têm o hábito de armazenar alimentos, escondendo-os em buracos nas árvores ou, mais frequentemente, enterrando-os no solo. Um sentido olfativo desenvolvido permite-lhes recuperar posteriormente os alimentos, que conseguem detetar até 30 cm de profundidade.
A espécie está incluída no Anexo III da Convenção de Berna. Em Portugal tem o estatuto de Rara.
*Registo efetuado em Cabeças – Tomar.
Fonte:http://naturlink.sapo.pt/Natureza-e-Ambiente/Fichas-de-Especies/content/Ficha-do-Esquilo-vermelho?bl=1&viewall=true