Pega-rabuda (Pica pica)- A inconfundível silhueta preta e branca de uma ave a atravessar a estrada é uma visão comum na região do Médio Tejo e também noutras zonas do país. A plumagem preta e branca e a longa cauda fazem da pega-rabuda uma das aves mais fáceis de identificar.
Quando a ave é vista de perto e em boas condições de luz, são visíveis alguns reflexos azuis, verdes e avermelhados. A vocalização, um“tchak-tchak-tchak” característico, também denuncia a sua presença.
A pega-rabuda distribui-se pela maior parte do território nacional, embora seja muito escassa no sul do país e esteja ausente da maior parte do Baixo Alentejo e do Algarve sendo, nestas regiões, substituída pela aparentada Pega-azul (Cyanopica cooki).
A sua abundância varia muito de umas regiões para outras, destacando-se o Alto Alentejo como sendo uma das zonas onde a pega-rabuda é mais abundante. Na nossa região tem tido um aumento de efetivos exponencial começando a interferir nos ecossistemas, predando os ninhos de outras espécies e causando estragos na agricultura.
É uma ave residente que não efetua movimentos muito amplos. É geralmente vista aos pares ou em pequenos bandos, mas no Inverno são por vezes vistos bandos de várias dezenas de aves, que se juntam em dormitórios. Constrói muitas vezes os seus ninhos nas árvores ao longo da estradas, sendo este facto facilmente visível no Inverno, quando as árvores estão sem folhas.
Exemplar fotografado em Tramagal.
Fonte: “Aves de Portugal”