Foi no Complexo da Levada e perante dezenas de tomarenses que foi apresentado na tarde deste sábado, 21 de abril, o projeto do “Hotel República”, uma unidade de cinco estrelas com 19 quartos que está prevista para a Praça da República, em pleno centro histórico da cidade.
Um investimento de cerca de 2 milhões de euros, revelou António Borges, que a par da esposa, Laurence, é o investidor deste negócio que vai gerar 15 postos de trabalho diretos e ainda muitos indiretos.
O empresário revelou ainda que o café do hotel vai ser decorado “pela escultora de renome internacional” Joana Vasconcelos.
António Borges, de 52 anos, economista e natural de Tomar, disse aos presentes que guarda muitas memórias da sua terra natal, sendo que foi a esposa que lhe disse que era “extraordinário” fazer um hotel na Praça da República.
“Nunca pensei em investir aqui porque não gosto de ligar sentimentos ao negócio mas vai haver casamento”, referiu. “Viajamos muito, em Portugal e no estrangeiro, e ainda não encontrámos ninguém que não gostasses deste projeto e que não gostasse de Tomar”, disse.
Na criação do plano de negócios, estipulou-se que este novo hotel, mais do que uma unidade de alojamento, viesse a ser um ponto de encontro para as pessoas de Tomar, sendo que, com essa finalidade, irá ser criado um restaurante, um bar e um local para eventos.
O arquiteto Lourenço Gomes disse ainda que, como o projeto é para um hotel de cinco estrelas, há todo um conjunto de aspetos inerentes a considerar, sendo que conseguiram fazer 19 quartos (entre singles e duplos) havendo ainda quartos para pessoas com mobilidade condicionada. O restaurante irá ficar no piso térreo, onde irá ser recuperado um logradouro e vai ser ainda instalada uma esplanada.
No primeiro e segundos pisos irão ficar os quartos, sendo que três destes quartos irão ter varandas privativas. No último piso, para além de dois quartos, os hóspedes vão contar ainda um pequeno terraço-esplanada com vista para a encosta do castelo.
“Penso que para Tomar este hotel de cinco estrelas é uma mais valia sem dúvida alguma”, disse o arquiteto.
A presidente da Câmara de Tomar, Anabela Freitas, disse que a oferta turística hoteleira tem vindo a crescer em Tomar e de um modo não concorrencial.
“Na região do Medio Tejo, Tomar é o segundo concelho que tem maior oferta hoteleira. O que pretendemos são os turistas que fiquem pelo menos três noites e que Tomar seja a sua base, podendo a partir de Tomar visitar os pontos de interesse do Médio Tejo e na região”, disse, aludindo à proximidade de Fátima.
“Queremos ter um oferta hoteleira de qualidade, diferenciadora e que as pessoas fiquem por mais de uma noite”, reiterou.
Para a autarca, este projeto – que tem vindo a ser trabalhado desde há um ano – pode vir a potenciar outros investimentos sendo que, por exemplo, muitos dos materiais utilizados neste hotel irão ser produzidos por tomarenses, num trabalho em rede que se pretende corrente para projetar Tomar na região do Médio Tejo.
A autarca fez ainda um pedido para que a traça da fachada do Hotel seja respeitada. “Desafio que quando em julho de 2019 começar o Cortejo da Festa dos Tabuleiros possamos olhar para o Hotel e ver a fachada como agora está”, pediu.
António Borges disse que o objetivo é ter o Hotel de portas abertas por altura da Festa dos Tabuleiros. “Vamos criar 15 postos de trabalhos e mais alguns quando se realizarem casamentos ou festas privadas”, revelou o empresário que é ultramaratonista e vai continuar a residir no Luxemburgo, onde ainda trabalha na área da banca.
Veja a entrevista em vídeo ao investidor António Borges: