ULS Médio Tejo abre mais camas face à pressão nas urgências devido à gripe. Foto arquivo: mediotejo.net

A atividade gripal continua a manter elevada a pressão sobre os serviços de saúde do Médio Tejo, com destaque para a urgência do Hospital de Abrantes, havendo oito doentes em cuidados intensivos, cinco dos quais devido a infeção respiratória e três com gripe A, e nenhum deles vacinado.

Em resposta a questões da agência Lusa, a Unidade Local de Saúde (ULS) do Médio Tejo indica que a procura pelos serviços de saúde da região se manteve “globalmente estável” na última semana, embora em “níveis elevados”, compatíveis com o período de circulação intensa de vírus respiratórios.

Entre os dias 22 e 28 de dezembro, as cinco urgências hospitalares da ULS Médio Tejo, entidade com sede em Torres Novas, registaram uma média diária de 430 atendimentos, um valor ligeiramente inferior ao das semanas anteriores, mas ainda associado, sobretudo, a infeções respiratórias sazonais.

A ULS destaca a urgência médico-cirúrgica do Hospital de Abrantes, onde se manteve uma “pressão assistencial significativa”, com uma média de 132 atendimentos diários nos últimos sete dias, incluindo a véspera e o dia de Natal, períodos habitualmente de menor afluência.

Na sexta-feira, a urgência registou 152 episódios, face aos 132 da semana anterior, o que representa um aumento de cerca de 15%, segundo a ULS.

No que respeita aos casos clínicos de maior gravidade, encontram-se atualmente oito doentes internados em unidades de cuidados intensivos, cinco dos quais devido a infeção respiratória.

Ainda de acordo com a ULS Médio Tejo, os doentes com infeção respiratória grave não estavam vacinados.

Entre estes casos, três apresentam diagnóstico de gripe A, mantendo-se a gripe como uma das principais causas associadas à doença grave nesta fase do inverno, adianta a unidade de saúde.

Apesar da elevada pressão assistencial, a ULS refere que o funcionamento das cinco urgências hospitalares tem sido assegurado de forma contínua, mantendo-se os “tempos de atendimento dentro dos níveis considerados normais”, sem suspender atividades cirúrgicas ou programadas.

Nos cuidados de saúde primários do Médio Tejo registou-se uma média de 323 atendimentos diários, um número considerado “elevado” pela ULS, tendo em conta a existência de um feriado e de tolerância de ponto durante este período.

O Plano de Contingência de Inverno da ULS Médio Tejo mantém-se ativo no nível 1 e em permanente avaliação, estando igualmente em vigor as medidas de prevenção e controlo da infeção, nomeadamente o uso de máscara por profissionais e utentes com sintomas respiratórios.

A ULS volta a apelar à vacinação contra a gripe, sobretudo junto das crianças na primeira infância, idosos e doentes crónicos, e recomenda uma utilização responsável dos serviços de urgência, privilegiando o contacto prévio com a Linha SNS 24 e os cuidados de saúde primários sempre que possível.

A ULS Médio Tejo destaca ainda a Triagem Digital do SNS 24, disponível na App SNS 24, que permite aos utentes com 18 anos ou mais avaliar sintomas respiratórios, como tosse, dificuldade respiratória ou dor de garganta, de forma simples e rápida.

Após o preenchimento do formulário digital, a ferramenta fornece orientações de autocuidado e, quando necessário, encaminhamento para um profissional de saúde, contacto com a Linha SNS 24 ou serviços de emergência (INEM).

A ULS incentiva a sua utilização para “promover um acesso mais eficiente” aos serviços do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e indica que a situação epidemiológica continua a ser acompanhada diariamente, garantindo uma “resposta ajustada e segura à população” da região.

A ULS Médio Tejo serve cerca de 170 mil utentes dos concelhos de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Sardoal, Tomar, Torres Novas, Vila Nova da Barquinha e Vila de Rei, nos distritos de Santarém e Castelo Branco.

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

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