Abrantes | FRIC, um fórum onde se partilha [essencialmente] criatividade

O Tagusvalley, em Alferrarede, Abrantes, recebeu esta terça-feira, a primeira edição do Fórum Regional de Indústrias Criativas (FRIC). Segundo Sónia Pedro, da associação Médio Tejo Criativo que é aliás responsável pela organização do evento, disse ao mediotejo.net que “o dia foi longo”, mas rico em partilhas. “Esperamos que seja o primeiro de muitos”, referiu.

Ao longo do dia, o evento decorreu entre o edifício Inov.Point e um dos edifícios da antiga CUF. No primeiro decorreram palestras, que permitiram a discussão/apresentação de projetos que associassem a criatividade a outras áreas, nomeadamente com as Empresas, o Empreendedorismo, o Ensino e por fim o Território.

“Criámos esta associação tendo em conta que existem bastantes projetos e bastantes artistas a trabalhar no Médio Tejo, e que são 13 municípios, portanto tem alguma dimensão, e que na maior parte das vezes eles não são conhecidos nem reconhecidos ‘cá dentro’. Às vezes são conhecidos lá fora, e não o são ‘cá dentro’ “, insistiu a responsável.

A Médio Tejo Criativo já fez algum trabalho de promoção e divulgação de projetos e artistas nos vários municípios, isoladamente, mas Sónia Pedro partilhou que, mesmo havendo perceção de que já existe algum trabalho neste sentido, “era preciso muito mais”. “Mas sem esta articulação entre as entidades, os artistas, esse trabalho não é possível fazer-se”, referiu, fazendo notar que, com esta primeira edição do FRIC, “tentámos dar esse primeiro passo”.

O FRIC é considerado “O Evento”, para a Médio Tejo Criativo, associação com sede física em Abrantes, e Sónia Pedro acredita que esteja criada uma marca, que só fará sentido se tiver continuidade, uma vez que existem muitos projetos, artistas e entidades a promover nesta iniciativa, distribuídos de forma heterogénea pelos municípios da região do Médio Tejo, tendo sido particularmente difícil selecionar os participantes nesta edição por esse motivo.

“Tivemos alguma dificuldade, confesso, em escolher os projetos, porque é verdade que alguns municípios são mais abundantes de projetos, de ideias e de criativos do que outros, mas todos acabam por ter a sua pegada”, concluiu.

Ao longo do dia decorreram ainda vários workshops e momentos de animação musical e videomapping, bem como um momento de showcooking.
Uma das fachadas dos antigos edifícios foi cedida a Violant, muralista, que se propôs pintar Stephen Hawking, como personalidade ímpar e físico reconhecido internacionalmente pela sua história e vivência pessoal.

Veja aqui a entrevista completa: