A Comissão Municipal de Proteção Civil de Tomar deliberou em reunião extraordinária a ativação do Posto de Comando Municipal de Operações de Proteção Civil, estando o mesmo em estado de prontidão desde as 18h30 de terça-feira. Esta ativação vem na sequência do Estado de Emergência declarado no passado domingo e também no âmbito do Plano Municipal de Emergência da Proteção Civil, com intuito de coordenar a resposta municipal em situações relacionadas com a pandemia de covid-19.
A informação já havia sido confirmada na reunião de Câmara do dia 9 de novembro, com a autarca Anabela Freitas (PS) a referir que só algumas medidas impostas pelo Estado de Emergência têm implicações para o concelho de Tomar, até ver.
Caso da “possibilidade de medição de temperatura na entrada de locais públicos, de espetáculos, etc, assim como a possibilidade de a Saúde Pública e não só poderem recrutar trabalhadores que estejam aposentados e outras situações”.
A edil lembrou que a próxima revisão dos critérios que colocam concelhos na lista de risco elevado de transmissão do novo coronavírus “ocorrerá esta quinta-feira, e vamos ver se Tomar consegue ficar fora dos concelhos de risco elevado, isto é dinâmico, uns sairão, outros entrarão”.
ÁUDIO: Anabela Freitas, presidente da CM Tomar, fazendo ponto de situação e comentando a atual situação covid-19 no concelho na reunião de Câmara do dia 10 de novembro
A autarca confirmou que atualmente há um surto em lar do concelho, confirmado na passada sexta-feira , que “está controlado e acompanhado pela autoridade de saúde, além de outros casos confirmados que surgem isoladamente a testar positivo”.
“Pelos números que temos de ontem [domingo] Tomar fica fora do critério aplicado, 240 casos ativos nos últimos 14 dias por cada 100 mil habitantes. Mas isto é sempre dinâmico”, frisou Anabela Freitas.
Por outro lado, a edil deu conta da montagem do Posto de Comando Municipal de Proteção Civil como resposta à covid-19 no concelho.

Tomar decidiu montar um Posto de Comando Municipal de Operações de Proteção Civil desde sexta-feira no Quartel dos Bombeiros de Tomar e foi agora ativado. O Posto de Comando agrega várias entidades, entre as quais a Câmara Municipal de Tomar e respetiva Proteção Civil, a Autoridade de Saúde local, PSP, GNR, um representante das Juntas de Freguesia, a Segurança Social, Centro Hospitalar do Médio Tejo.
Cabe a este Posto de Comando “a coordenação das ações de resposta municipal, nomeadamente, mobilizar e ativar meios e recursos existentes, de forma a gerir as situações relacionadas com a pandemia de covid-19”.
Anabela Freitas afirma que deve manter-se “vigilância apertada” e frisa que “é necessário que cada um de nós tome as medidas, que cada pessoa não faça jantares e almoços em casa, tenha cuidado com os contactos familiares”, entendendo que devem existir cuidados redobrados.
“Os cuidados hospitalares só aparecem no fim de linha, tem de se atuar a montante, para podermos aliviar o fim de linha”, disse.

Também na reunião de Câmara passada, a autarca disse estarem disponíveis funcionários da autarquia para apoiar no setor da saúde e social, em situações no âmbito da pandemia.
Em resposta à vereadora Célia Bonet (PSD), que pretendeu saber se está previsto um grupo de trabalho que possa acompanhar quem testou positivo e quem está em contacto com esses casos e não tomou medidas que deveria ter tomado em termos de contenção e segurança, a presidente de Câmara disse que há disponibilidade para fornecer trabalhadores da autarquia para integrar essas equipas de monitorização, que podem ser entre quatro a cinco equipas.
A autarca assume ainda que em matéria de autoridade de Saúde Pública não poderiam estar “melhor servidos”, e que a ativação das equipas dependerá das instâncias de saúde pública.
Por outro lado, quanto à criação de grupo de trabalho e Comissão de acompanhamento no terreno dos casos covid-19 e do cumprimento de isolamento, Anabela Freitas referiu que só existe acesso a números, e não há identificação dos casos confirmados, uma vez que só as forças policiais têm acesso a essa identificação. Eventualmente as equipas poderão acompanhar as forças de segurança, mas tudo é ainda uma possibilidade em aberto.