Francisco da Silva António faleceu no dia 21 de fevereiro vítima de cancro. Créditos: DR

A Assembleia Municipal de Sardoal aprovou na sexta-feira, por unanimidade, um voto de pesar pela morte do deputado municipal Francisco da Silva António.

O voto de pesar pela morte do deputado municipal do PSD, Francisco da Silva António, que morreu no passado dia 21 de fevereiro, aos 67 anos, em consequência de uma doença prolongada, foi apresentado pela mesa da Assembleia Municipal de Sardoal.

Aquando da aprovação, o voto de pesar mereceu unanimidade, resultou num minuto de silêncio e no envio de condolências à família de Francisco António.

De acordo com o voto de pesar, Francisco António foi “um defensor inexpugnável da sua freguesia de Santiago de Montalegre e do seu concelho de Sardoal”. No associativismo e no cumprimento de funções públicas “sempre se fez notar com uma voz presente e relevante”.

“Assistimos à sua resiliência perante a adversidade como se fosse uma lição de vida”, leu Miguel Mora Alves, presidente da Assembleia Municipal de Sardoal.

ÁUDIO | PRESIDENTE DA AM SARDOAL, MIGUEL MORA ALVES:

Deputado municipal pelo PSD, figura muito ligada aos movimentos associativos do Sardoal e com anos de dedicação à investigação da história e tradições locais, era também um poeta popular reconhecido, tendo publicado vários livros e recebido vários prémios.

Francisco António foi um dos deputados municipais mais interventivos na Assembleia Municipal de Sardoal ao longo dos últimos 20 anos, tendo sido novamente eleito nas listas do PSD nas últimas eleições autárquicas, em setembro de 2021.

Francisco da Silva António nasceu em Salgueira, freguesia de Santiago de Montalegre, no concelho de Sardoal, a 12 de outubro de 1954, e viveu na aldeia de Codes durante 45 anos. Concluído o ensino primário, ingressou no Seminário Missionário Dominicano, nos arredores de Fátima, em 1965, onde permaneceu três anos, tendo feito o exame do 2º ano do Liceu em Leiria. Começou a trabalhar com 14 anos, como empregado de escritório, até ser chamado a cumprir o serviço militar, tendo seguido carreira na GNR até 1983.

Em 1984 foi trabalhar para uma empresa de Milreu, no concelho de Vila de Rei, e aí ficou a residir depois de casar, em 1989, considerando o concelho a sua “terra de coração”.

Dedicou muito do seu tempo à investigação das histórias e lendas das suas terras (de nascimento e de adoção) e integrou vários movimentos associativos. Fez parte da Comissão Fabriqueira da Igreja; foi Secretário e Presidente da Associação dos Amigos de Santiago de Montalegre; foi membro e 1º secretário da Assembleia de Freguesia de Santiago de Montalegre; foi 1º secretário e deputado na Assembleia Municipal do Sardoal durante mais de duas décadas e deputado da Assembleia da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, em representação do concelho de Sardoal.

Paula Mourato

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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