A par do livro, Sérgio Ribeiro mostrou algumas fotografias de Ourém do último século Foto: mediotejo.net

“Um livro a quatro tempos” foi o tema da tertúlia que animou o Centro de Documentação Joaquim Ribeiro, no Zambujal, freguesia de Atouguia. O histórico autarca e militante comunista, Sérgio Ribeiro, fez uma análise ao testemunho deixado pelo seu pai, Joaquim Ribeiro, no livro “Ourém de Ontem”. 

Marca-se em 2022 os 125 anos do nascimento de Joaquim Ribeiro, pai de Sérgio Ribeiro, figura que dá nome a uma centro documental criado na aldeia do Zambujal. No âmbito da tertúlia, Sérgio Ribeiro manifestou a sua emoção por ver “esta casa viva”.

O projeto arrastou-se no tempo devido a “várias contingências”, mas “a obra está feita, está bem feita” e é um legado à população local. “É um espaço que valoriza a terra”, frisou.

Constatando que “se há coisas que devemos evitar é que os livros se percam”, a tertúlia propôs recordar uma conferência proferida por Joaquim Ribeiro nos anos 50 na Casa de Ourém em Lisboa, que recordou o passado da então vila. O texto foi publicado em livro no início do século e agora recordado, quase 20 anos depois. 

Ao longo de cerca de duas horas, Sérgio Ribeiro conduziu uma conversa sustentada nas memórias, lembranças e transformações na cidade de Ourém e no próprio concelho, mostrando para esse efeito um conjunto de fotografias antigas. Teve ainda oportunidade de falar do pai e do seu contributo para a história ouriense. 

A vereadora da Câmara de Ourém, Isabel Costa, responsável pela Cultura, pelo Museu Municipal e Biblioteca, mas também pelo Acompanhamento de Obras, participou na tertúlia e recordou o trabalho conjunto entre município e Sérgio Ribeiro, com vista à construção do Centro de Documentação Joaquim Ribeiro, um espaço inaugurado em setembro de 2020, onde se encontra o acervo literário deste antigo autarca e eurodeputado.

Cláudia Gameiro, 32 anos, há nove a tentar entender o mundo com o olhar de jornalista. Navegando entre dois distritos, sempre com Fátima no horizonte, à descoberta de novos lugares. Não lhe peçam que fale, desenrasca-se melhor na escrita

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