O Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) tem em curso um investimento de seis milhões de euros em eficiência energética nas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas. Apelidada de ‘revolução verde’, o objetivo é reduzir em 25% a fatura anual de 1,2 ME em eletricidade.
O anúncio do investimento total, que decorre em várias fases e até ao final do primeiro semestre de 2021, foi feito no dia 23 de dezembro pelo presidente do Conselho de Administração do CHMT no âmbito de uma visita à obra de instalação de 300 painéis fotovoltaicos na Unidade Hospitalar de Abrantes, tendo Carlos Andrade sido acompanhado pelo presidente da Câmara Municipal local, Manuel Jorge Valamatos.
O novo sistema de produção de energia instalado no hospital de Abrantes, que se prevê comece a funcionar no início de 2021, teve um investimento de 113.057,91€ e estima-se que vá representar uma poupança anual de 20.171,80€, com um retorno do investimento previsto a 6 anos.

O primeiro parque eólico foi instalado em Torres Novas, em junho deste ano, ao que seguiu este em Abrantes, e que antecede um outro parque fotovoltaico no Hospital de Tomar.
O parque eólico no Hospital de Torres Novas, o primeiro a entrar em funcionamento, é composto por 770 painéis e representou um investimento superior a 300 mil euros, montante ao qual acresce o investimento na reconversão de iluminaria interna do edifício, com instalação de sensores de movimento e de novos sistemas de aquecimento e arrefecimento, totalizando um total de cerca de um milhão de euros naquela unidade de saúde.

Uma instalação que marcou o início da “revolução verde no Centro Hospitalar do Médio Tejo”, afirmou então Carlos Andrade Costa, presidente do Conselho de Administração do CHMT, EPE, citado em nota de imprensa, e onde dava conta que “a instalação visitada na Unidade Hospitalar de Torres Novas permitirá uma diminuição de cerca de 5.500 toneladas de CO2, o equivalente à plantação de 18 mil árvores por ano”.
Na mesma nota informativa era referido que “o total de investimento concretizado na Unidade Hospitalar de Torres Novas atinge quase um milhão de euros”, dando conta que o mesmo “vai permitir obter uma redução na fatura energética na ordem dos 25%” por ano.
“Começámos em Torres Novas esta reconversão energética que nos permitirá reduzir os custos com consumo de energia. Este edifício gasta 430 mil euros em eletricidade por ano. Conseguiremos atingir uma poupança de mais de 80 mil euros com a produção da energia solar, valor que será transferido para ser utilizado naquela que é a principal função de um hospital, que é na prestação de cuidados de saúde”, deu conta Carlos Andrade Costa.
O investimento global apontado em junho deste ano era de “um total aproximado de 4 milhões de euros”, que agora evoluiu para um valor global de investimento de seis milhões, com os projetos a abrangerem as três Unidades do Centro Hospitalar do Médio Tejo.
Os trabalhos em curso deverão estar concluídos no primeiro semestre de 2021, avançou ainda o gestor hospitalar, relativamente a um projeto global que tem por objetivo reduzir em 25% a atual fatura energética anual nos três hospitais, e que se cifra em cerca de 1,2 ME.
O responsável fez ainda notar que o projeto “reveste-se de grande importância na medida em que demonstra que o CHMT, EPE, apesar da pandemia não ficou parado, e não suspendeu o plano de investimentos”.

Constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, separadas geograficamente entre si por cerca de 30 quilómetros, o CHMT funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 260 mil habitantes de 11 concelhos do Médio Tejo, no distrito de Santarém, Vila de Rei, de Castelo Branco, e ainda dos municípios de Gavião e Ponte de Sor, ambos de Portalegre.