Chama-se Martim, é de Longra (Tomar) e é o primeiro bebé rapaz a nascer em 2022 no CHMT e em Portugal. Foto: CHMT

Chama-se Martim, pesa 4.220 kg, e nasceu às 00:01. É o primeiro bebé rapaz do ano 2022 a nascer em Portugal, na maternidade de Abrantes do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), sendo também o primeiro filho de um casal de Longra (Tomar).

Além de Martim, “um nascimento especial” e “um bom presságio para o 2022” porquanto “é a primeira vez que o bebé do ano nasce no CHMT”, anunciou o centro hospitalar, este ano foram muitos os bebés que escolheram os primeiros instantes de 2022 para vir ao Mundo. Se Martim Ferreira foi registado como o primeiro rapaz a nascer em Portugal em 2022, às 00:01, este ano duas meninas partilharam a meia-noite. Margarida nasceu no Hospital Garcia de Orta, em Almada, e a segunda menina, Diana, nasceu na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa. Mas mais duas meninas nasceram nos primeiros minutos do ano: Maria Ventosa (00:02 em Viana do Castelo) e Ivana Pereira (00:46 no Porto), nascimentos que se saúdam tendo me conta que o país enfrenta, há várias décadas, um problema crescente com a baixa taxa de natalidade.

O Martim Ferreira nasceu assim que acabaram de soar as badaladas da entrada no Ano Novo, tendo sido registado e muito festejado o nascimento de um bebé forte e saudável no dia 1 de janeiro, às 00:01, com 4.220 kg.

Andreia Sousa e Telmo Ferreira, ambos com 32 anos, residem em Longra, na União das Freguesias de Madalena e Beselga, concelho de Tomar, e não esconderam a sua felicidade pelo nascimento do bebé Martim, o primeiro filho do casal.

Ainda sem números finais de 2021, os indicadores parciais revelam um aumento geral global da atividade hospitalar mas uma diminuição do número de partos e de nascimentos na maternidade do CHMT, tudo apontando para uma redução na ordem dos 14% relativamente a 2020, ano em que ocorreram no CHMT 822 partos e 834 nascimentos.

Estes números de 2020, acima dos 800 bebés, já não eram alcançados desde 2014, ano em que se registaram 801 partos. Este ano, a 29 de dezembro, a maternidade do CHMT registava 709 partos, menos 14% do que nos 12 meses do ano 2020 (822 partos).

Em 2019 foram registados 798 bebés na maternidade do CHMT, em 2018 o número de partos foi de 792 e no ano de 2017 foi de 711.  Recuando um pouco mais no tempo, os números de 2016 indicavam que tinham ali nascido 794 bebés, menos 7 do que em 2015.

Ao Martim Ferreira e à sua família a equipa do mediotejo.net endereça os desejos de uma vida muito feliz!

Chama-se Martim, é de Longra (Tomar) e é o primeiro bebé a nascer em 2022 no CHMT e em Portugal. Foto: CHMT

“Teste do Pezinho” revela maior quebra de nascimentos em Portugal

Cerca de 72.300 bebés nasceram em Portugal até final de novembro, o número mais baixo de sempre para igual período, revelam dados do Programa Nacional do Rastreio Neonatal (PNRN), que cobre a quase totalidade dos nascimentos.

Os dados do PNRN, conhecido como “teste do pezinho”, indicam que nos primeiros onze meses deste ano nasceram 72.316 crianças, menos 6.058 face ao período homólogo de 2021 (78.374).

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), o maior número de bebés rastreados observou-se nos distritos de Lisboa e do Porto, com 21.485 e 13.435 testes efetuados, respetivamente, seguidos de Setúbal (5.425) e Braga (5.322).

Por outro lado, Bragança (466), Portalegre (533) e Guarda (576) foram os distritos com menos recém-nascidos analisados.

O Programa Nacional de Rastreio Neonatal, coordenado pelo INSA através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, do Departamento de Genética Humana, realiza desde 1979 testes a algumas doenças graves em todos os recém-nascidos.

O painel das doenças rastreadas é constituído por 26 patologias: hipotiroidismo congénito, fibrose quística e 24 doenças hereditárias do metabolismo.

O exame consiste na recolha de gotículas de sangue no pé dos recém-nascidos para permitir diagnosticar as doenças, que clinicamente são difíceis de identificar nas primeiras semanas de vida, e que mais tarde podem provocar deficiência mental, alterações neurológicas graves, alterações hepáticas ou até situações de coma, refere o INSA.

O exame deve ser realizado entre o terceiro e o sexto dia de vida do recém-nascido, porque antes do terceiro dia os valores dos marcadores existentes do sangue do bebé podem não ter valor de diagnóstico, e após o sexto dia alguns marcadores perdem sensibilidade, havendo o risco de atrasar o início do tratamento.

Todos os casos positivos são posteriormente encaminhados para a rede de Centros de Tratamento, sediados em instituições hospitalares de referência.

C/LUSA

Mário Rui Fonseca

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

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