Os Centros de Vacinação de Abrantes, Ourém, Tomar e Torres Novas, do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo, vão passar a estar abertos apenas à terça-feira, quinta-feira, sábado e domingo, entre as 9:00 e as 17:00, a partir do próxima semana, informou o ACES.
Os centros passam assim, a partir de dia 21 de fevereiro, a abrir apenas quatro dias por semana para cumprir com a vacinação contra a covid-19, sendo que o ACES Médio Tejo, entidade responsável pelos centros de vacinação, justifica a decisão derivado ao decréscimo de afluência de utentes.
“Nas últimas semanas temos notado um decréscimo muito acentuado de afluência aos Centros de Vacinação” o que atribui “ao facto de já não existirem utentes elegíveis para vacinação, uma vez que já convocámos todos os utentes para a dose de reforço contra a Covid-19 com idade igual ou superior a 18 anos”, refere o ACES Médio Tejo.
Por outro lado, argumenta a entidade, muitos dos utentes, “sobretudo os mais jovens, por terem estado infetados com Covid 19, só poderão ser vacinados a partir de maio, decorrido o período de tempo previsto na Norma de Vacinação da DGS”.
As atuais orientações do Ministério da Saúde apontam para que os Centros de Vacinação estejam abertos até julho, podendo reduzir o horário de funcionamento mas mantendo a abertura aos fins-de-semana.
Oitenta por cento das pessoas elegíveis para a 3.ª dose estão vacinadas
O coordenador do plano de vacinação disse ontem que “80% das pessoas elegíveis” para a terceira dose da vacina contra a covid-19 estão vacinadas e apelou às faixas mais jovens para que se juntem ao processo.
“Vacinámos 80% das pessoas elegíveis. A grande maioria das pessoas que tem condições para ser vacinada, está vacinada”, disse o coronel Carlos Penha Gonçalves, numa visita ao centro de vacinação instalado no Quartel dos Bombeiros Voluntários de Coimbrões.
O responsável especificou que “mais de 5,7 milhões de pessoas [foi vacinada] com a terceira dose”, adiantando que “a esmagadora maioria das pessoas que tem mais de 18 anos e podia tomar, já tomou”, admitindo, no entanto, que “ainda há pessoas que não o fizeram”.
“Mas ainda há uma fração de pessoas que não veio ao processo e as instalações ainda vão estar cá. O apelo que faço é que as pessoas aproveitem estas estruturas para fazerem a vacinação e terminem o seu processo de reforço da vacina. O meu apelo é que o façam o mais rápido possível”, sublinhou.
Carlos Penha Gonçalves apontou que em Portugal a percentagem de pessoas com mais de 60 anos vacinadas é de 90%, enquanto na faixa dos 50 aos 59 anos é de 80%.
“Nas faixas mais novas temos menos cobertura”, realçou, em apelo aos mais jovens.
O coronel Carlos Penha Gonçalves escusou-se a comentar anúncios recentes sobre o abrandamento das medidas de prevenção contra a pandemia, repetindo sempre a importância da vacinação.
“Podermos estar tranquilos em relação à proteção que a população tem, se existir uma nova vaga, uma nova onda, uma nova variante. A proteção que a população tem é uma medida preventiva para preparar o futuro”, referiu.
Já sobre a possibilidade dos centros de vacinação espalhados pelo país virem a ser desmantelados, Carlos Penha Gonçalves afirmou que “o plano para essa transição está a ser elaborado e na altura própria será anunciado”.
Sobre a possibilidade do processo de vacinação em Portugal vir a incluir uma quarta dose, Carlos Penha Gonçalves remeteu o tema para a Direção-Geral da Saúde.
A covid-19 provocou pelo menos 5.836.026 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 20.666 pessoas e foram contabilizados 3.131.899 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.
C/LUSA