Fogo em Ourém com 600 operacionais continuava por controlar ás 22h00. Foto arquivo: Pedro Pereira/mediotejo.net

O incêndio em Urqueira, Ourém, que deflagrou ao final da tarde de quarta-feira, foi dado como dominado às 05:06. De acordo com o ‘site’ da ANEPC, às 10h00, no local permaneciam 431 operacionais, apoiados por 134 viaturas e um meio aéreo, envolvidos nas operações de rescaldo.

O comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Médio Tejo, David Lobato, afirmou esta noite à Lusa, cerca da meia-noite, que o incêndio, que se iniciou em Urqueira, pelas 18:33, apresentava “ainda duas frentes ativas”.

“Este foi um incêndio de vento, fez uma progressão de 1.250 metros por hora, andou muito perto de habitações, mas não tivemos habitações atingidas. Preventivamente evacuámos uma habitação para a zona de concentração e apoio à população, que o Serviço Municipal criou em Casal Bernardes, com o apoio da Ação Social”, explicou David Lobato.

Segundo o comandante, estão cinco máquinas de rasto “em todo o perímetro de incêndio”, que procuram “fazer faixas para os bombeiros” controlarem o incêndio, de modo a que “não fuja ao seu controlo”.

Uma das frentes ativas poderá entrar em resolução “durante as próximas duas a três horas”. Outra das frentes, “virada para Caxarias, ainda dá alguma preocupação”, admitiu David Lobato, ao revelar que este foi um “incêndio de vento, com sete a dez quilómetros de extensão”.

“As condições meteorológicas estão a decorrer favoravelmente com a entrada de alguma humidade. Não temos praticamente vento e vai-se manter assim durante a noite. Vamos aproveitar para conseguir resolver esta situação” e para dar o incêndio em resolução durante a manhã.

22h00 – O incêndio em Ourém, que começou ao final da tarde de hoje em Estreito (Urqueira), tinha no terreno 592 operacionais e 180 viaturas, às 22:00, continuando ainda sem controlo, disse fonte da Proteção Civil.

O comandante em serviço no Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Médio Tejo afirmou à Lusa que o fogo continua ainda sem controlo e que os meios continuam a ser reforçados para o teatro de operações.

No terreno estão também máquinas de rasto, informou a mesma fonte.

Pelas 19:00, o comandante em serviço tinha referido que as chamas estavam a consumir floresta “com muita violência” e os meios estavam a ser posicionados para proteger habitações, situação que se mantém.

Segundo a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o fogo teve início pelas 18:33, na localidade de Estreito, freguesia de Urqueira, no concelho de Ourém, distrito de Santarém.

A página da ANEPC indicava, pelas 23:00, que estavam no terreno 592 operacionais, apoiados por 150 veículos.

Mais de 90 concelhos de 14 distritos em perigo máximo de incêndio

Mais de 90 concelhos dos distritos de Faro, Santarém, Leiria, Portalegre, Castelo Branco, Guarda, Porto, Aveiro, Coimbra, Viseu, Braga, Porto, Vila Real e Bragança apresentam hoje um perigo máximo de incêndio rural, segundo o IPMA.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou também mais de 40 concelhos dos distritos de Braga, Via Real, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria, Santarém, Lisboa, Portalegre, Beja, Évora e Faro em perigo muito elevado.

Outros concelhos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Leiria, Santarém, Setúbal, Portalegre, Évora e Beja estão hoje em perigo elevado de incêndio.

Por causa das condições meteorológicas, o perigo de incêndio vai manter-se elevado pelo menos até segunda-feira.

Este risco, determinado pelo IPMA, tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo e os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando-se muito nublado na faixa costeira ocidental, e ocorrência de chuva fraca ou chuvisco e trovoada, em especial nas terras altas, no interior norte e centro.

Está ainda prevista uma descida da temperatura máxima no norte e centro.

As temperaturas mínimas vão oscilar entre os 17 graus Celsius (no Porto) e os 24 (em Portalegre) e as máximas entre os 24 (em Viana do Castelo) e os 40 (em Castelo Branco, Évora e Beja).

c/Lusa

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

Agência de Notícias de Portugal

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