SPORTING CLUBE DE TOMAR 1 – SPORT LISBOA E BENFICA 3
Campeonato Nacional da 1ª Divisão – 19ª jornada
Pavilhão Municipal Cidade de Tomar
26-02-2022
O Pavilhão nabantino registou uma verdadeira enchente para a receção ao Benfica. Os lisboetas, a registarem a melhor forma na época, chegaram às margens do Nabão com o fantástico registo de dez jogos sem perder, averbando apenas um empate. Ocupavam o quinto lugar na tabela classificativa. O Sporting de Tomar, a fazer uma época ao seu nível, quer nas competições internas quer na Europa, ocupavam o sétimo lugar.
Com uma verdadeira multidão de adeptos dos dois emblemas nas bancadas, os momentos que antecederam a partida foram tensos, com trocas de “mimos” entre elementos das claques e arremesso de engenhos pirotécnicos. O jogo começou após reforço policial que veio repor a normalidade.
Nada podia estragar um jogo que reunia os condimentos para ser uma grande partida de hóquei patinado. Apesar de algumas ausências em ambos os conjuntos as equipas apresentavam os seus melhores desequilibradores.
Assim que a bola rolou na pista as equipas, com muito apoio vindo das bancadas, as equipas lançaram-se em velocidade alucinante em busca do golo.
Estava melhor a equipa da casa e, após algumas ameaças, marcou logo no quinto minuto.
O capitão Ivo Silva roubou uma bola a Lucas Ordoñez na sua zona defensiva, embalou pela direita perseguido pelo internacional argentino. Foi mais rápido e assistiu na perfeição Pedro Martins que não perdoou e bateu Pedro Henriques.
O Sporting tomarense, a ganhar, colocou “gelo” na partida, tentando abrandar o ritmo de jogo, guardando a bola. Com essa estratégia a equipa de Nuno Lopes ia mantendo a posse de bola dificultando o processo criativo dos benfiquistas.
O técnico das águias tinha de tentar inverter o resultado negativo da sua equipa até porque os nabantinos ameaçavam voltar a marcar num contra ataque.
Pediu um desconto de tempo à passagem do quarto de hora e lançou na partida dois criativos de enorme valor, os internacionais argentinos Pablo Alvarez e Carlos Nicolia.
Nicolia seria mesmo a “gazua” de Nuno Resende para descobrir o caminho do golo do empate aos 19 minutos. Um remate de meia distância bateu Francisco Veludo que, com a acumulação de jogadores à sua frente, não terá visto partir a bola.
Com o jogo empatado de novo aumentou a incerteza e o entusiasmo no pavilhão. A um jogo muito interessante na pista respondiam os adeptos com cânticos de incentivo às duas equipas.
Foi velozmente que se esgotaram os primeiros 25 minutos duma partida cujo resultado ao intervalo se afigurava justo, dado o equilíbrio e repartição de posse de bola e oportunidades de golo.
O segundo tempo chegou carregado de expectativa na continuação de se continuar a assistir a um excelente jogo de Hóquei patinado e de mais golos. E assim foi…
A qualidade dos praticante levou o jogo para patamares elevados e os golo apareceram. Logo no segundo minuto, Pablo Alvarez, atrás da baliza de Veludo, desembaraçou-se do marcador direto e assistiu o seu compatriota Carlos Nicolia que fez o segundo do Benfica e da sua conta pessoal.
Estava a complicar-se a vida para os “leões” de Tomar e pior ficou quando aos cinco minutos do tempo complementar os tomarenses atingiram a décima falta.
Carlos Nicolia foi para a marca do livre direto, esperançado em aumentar o seu pecúlio de golos. Francisco Veludo negou esse desiderato ao antigo campeão do mundo.
Entretanto o capitão Ivo Silva era admoestado aos 36 minutos e os benfiquistas atingiram a décima falta aos 17 minutos do segundo tempo. No livre direto Tomás Moreira não conseguiu bater o guarda redes Pedro Henriques, gorando-se a oportunidade soberana para empatar. Quem estava em dia sim era Carlos Nicolia…
Quando restava pouco mais de sete minutos para jogar, o argentino, em apoio defensivo, ganhou uma bola a Rubinho, encetou uma “cavalgada” até à baliza de Veludo e com um remate rasteiro fez a bola passar entre os patins do guarda redes, obtendo o terceiro golo dos visitantes.
Animavam-se as hostes benfiquistas, convictos de que a vitória já não lhes escapava. E o pouco tempo que restava acabou por lhes dar razão.
A vitória assentou bem aos encarnados apesar da valorosa réplica dos nabantinos. Carlos Nicolia foi a figura da partida comandando as “águias” e marcando os três golos que permitiram a cambalhota no marcador. Boa arbitragem.
O Benfica agora ocupa o quarto lugar, por troca com a Oliveirense. Recebe o líder, Futebol Clube do Porto, na próxima jornada. O Sporting de Tomar mantém o sétimo posto na tabela e desloca-se a Viana do Castelo para defrontar um aflito Juventude de Viana, pouco acima da “linha de água”. Antes, na quarta-feira, 2 de março, às 20:00, joga em Tomar com a Oliveirense para os oitavos de final da Taça de Portugal em hóquei em patins.
Ficha do jogo:
SPORTING CLUBE DE TOMAR:
Francisco Veludo, Guilherme silva, Caio, Ivo Silva e Pedro Martins.
Suplentes: António Marante, Tomás Moreira, Francisco Beirante, Diogo Cortez e Rubinho.
Treinador: Nuno Lopes.
SPORT LISBOA E BENFICA:
Pedro Henriques, Diogo Rafael, Lucas Ordoñez, Poka e Gonçalo Pinto.
Suplentes: Rodrigo Vieira, Carlos Nicolia, Edu Lamas, Pablo Alvarez, Pol Manrubia.
Treinador: Nuno Resende.
GOLOS:
Pedro Martins (Tomar) e Carlos Nicolia [3] (Benfica).
EQUIPA DE ARBITRAGEM:
Paulo Carvalho (AP Leiria) e Ricardo Leão (AP Lisboa).
Cronometristas: Inês Cadavez (AP Lisboa) e António Gameiro (AP Ribatejo).
No final ouvimos os técnicos de ambas as equipas:
NUNO LOPES (Sporting de Tomar)
NUNO RESENDE (Benfica)
Com David Belém Pereira (multimédia).