Em resposta a uma pergunta do deputado do PSD, Duarte Marques, o Ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos anunciou um reforço do investimento nas oficinas de manutenção ferroviária do Entroncamento.
O deputado questionou aquele membro do Governo sobre a prioridade que deveria ser dada ao reforço da capacidade das oficinas da EMEF no Entroncamento num contexto de reforço de capacidade da manutenção ferroviária.
O Ministro Pedro Nuno Santos reconheceu a importância do tema e respondeu com a confirmação de que apesar do anúncio do Governo ter dado destaque a Guifões, “o esforço passará também pelo investimento nas oficinas de manutenção ferroviária do Entroncamento”.
Em comunicado, o deputado recorda que “o PSD, bem como todo os especialistas do sector, vinham há pelo menos três anos a alertar para a evidente degradação das condições de funcionamento da EMEF e consequentemente do material circulante da CP”.
Apesar “dos vários avisos e da evidente quebra de qualidade do serviço da CP, vários adiamentos no investimento na empresa de manutenção ferroviária perpetrados pelo Ex Ministro Pedro Marques e por Mário Centeno, com a conivência de António Costa, mas também do PCP e do BE, levaram o serviço ferroviário a uma situação de degradação sem precedentes”, nota Duarte Marques.
Tendo anunciado a intenção do reforço da manutenção ferroviária e a reabertura das oficinas de Guifões no distrito do Porto, os deputados do PSD mostraram-se surpreendidos por não ter existido uma referência ao reforço da capacidade das oficinas do Entroncamento para o esforço anunciado de recuperação de material circulante, sendo que seria mais rápido e fácil reforçar uma “oficina” em laboração do que abrir uma outra de novo.
Segundo Duarte Marques, “parece evidente que, não pondo em causa a abertura de Guifões, não faz sentido abrir uma nova oficina se não começarmos por reforçar a capacidade das existentes, e o reforço das oficinas do Entroncamento parece a solução mais rápida e eficaz para dar resposta ao problema”.
Os deputados do PSD dizem que esperam e desejam “que este compromisso seja efetivado de imediato e que não se trate de apenas mais um anúncio de pré-campanha eleitoral.
“Já bastam quatro anos de promessas e anúncios que em nada resultaram senão na degradação da qualidade dos serviços prestados aos portugueses”, denunciou Duarte Marques.