O contrato interadministrativo para construção da esquadra da PSP do Entroncamento foi assinado esta terça-feira, permitindo que avance uma obra orçada em mais de dois milhões de euros, aguardada há duas décadas. O documento foi assinado ao princípio da tarde, no Salão Nobre dos Paços do Concelho do Entroncamento, numa sessão que contou com a presença do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, do presidente do município, Jorge Faria, e pelo Superintendente-Chefe da Polícia de Segurança Pública, Magina da Silva, entre outras entidades.
A portaria que autoriza a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna a assumir os encargos orçamentais para a construção da nova esquadra da PSP foi publicada há cerca de um mês no Diário da República, constituindo a assinatura de hoje o passo necessário para o município, que fica como dono da obra, lançar a empreitada.
O valor vai ser financiado a 100% pela Administração Interna, sendo que a autarquia vai ter de adiantar o dinheiro inicialmente, revelou o presidente da Câmara. Caso tudo corra dentro do previsto, em setembro ou outubro espera-se que possa ser assinado o auto de consignação, ou seja, entregar ao empreiteiro a responsabilidade de execução da obra.
Esta nova esquadra vai permitir à PSP um local “de trabalho digno, com melhor funcionalidade e com outra modernidade, ajustado à sua atividade”, sublinhou Jorge Faria. O contrato refere que após
concluída a empreitada de construção das instalações, a autarquia do Entroncamento compromete-se a cedê-las em regime de comodato ao MAI.
O presidente da Câmara Municipal, Jorge Faria, referiu “a concretização deste projeto, com tantos avanços e recuos, ao longos dos anos é um elemento de vital importância na estratégia de segurança e bem-estar da população do Entroncamento. Hoje firmamos mais um passo na sua concretização e vem dar uma reposta a um dos anseios mais antigos das gentes e das forças de segurança do Entroncamento”.
Jorge Faria relembra ainda um outro problema da esquadra da PSP do Entroncamento, nomeadamente o número de efetivos que se encontra no limiar mínimo, e fez o apelo ao reforço do mesmo, já que os agentes que se encontram no ativo (entre 35 e 40) são poucos para as necessidades de um concelho exclusivamente urbano e com elevada densidade populacional.
Com “mais 10 agentes a eficácia da PSP do Entroncamento melhoraria muito”, afirmou o autarca.
Jorge Faria lançou ainda o desafio de localizar uma das três equipas de intervenção rápida da divisão territorial do norte do distrito localizada no concelho, sendo este um benefício para a comunidade da cidade, mas também para as comunidades à volta, visto o Entroncamento ter excelentes acessos rodoviários.
O Diretor Nacional da Polícia de Segurança Pública, Superintendente Magina da Silva, afirmou que “instalações adequadas, em que as pessoas se sintam bem a trabalhar, é um dos fatores fundamentais para a motivação dos polícias. É muito importante o que estamos aqui a fazer porque certamente vai motivar polícias a exercer as suas funções nesta esquadra”, afirmou, dando conta que este investimento poderá ser motivo de maior atratividade no futuro para mais efetivos.
Contudo, Magina da Silva abordou ainda outros dois fatores essenciais de motivação para os polícias.
O Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, realçou, por sua vez, que, “hoje aqui no Entroncamento, passamos das palavras às ações, concretizando um objetivo que tem 20 anos”.
O Ministro deu a conhecer ainda os investimentos que tem sido feitos, no valor de 607 milhões de euros, e também outros investimentos futuros para com as forças policiais, que dignifiquem o exercício dos agentes.
A Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna foi autorizada, em fevereiro, a assumir os encargos orçamentais relativos à construção e reabilitação de várias infraestruturas da PSP e da GNR, num valor global superior a 8,5 milhões de euros, estando em curso a assinatura dos contratos interadministrativos com os municípios para a promoção das empreitadas.
c/LUSA