Não é todos os dias que podemos sair do nosso percurso habitual de e para o trabalho por exemplo, para vermos outras particularidades do nosso território. Mesmo em percursos de lazer, temos tendência a ir diretos ao nosso primeiro objetivo, ao ponto onde pensámos ir e é para lá que apontamos as vontades.
No entanto, se sairmos um bocadinho apenas dessas rotas pré definidas, vamos deparando com paisagens que, embora as conheçamos bem porque as usamos regularmente, acabam por adquirir nova importância quando observadas de outro ponto de vista.
É o caso de uma pequena visita à localidade de Tancos. De lá, podemos ver onde se insere na paisagem, aquela estrada estreita que nos leva até a Barquinha e que conhecemos apenas pelas manobras cuidadas que temos de fazer quando nos cruzamos com outras viaturas.
Mas com um olhar mais atento, também podemos ver as várias vias de comunicação que se podem identificar ali, neste bocadinho de território tão pequeno: temos a via ferroviária, a rede viária, a via fluvial e a via aérea. Tudo ali junto num pequeno enquadramento.
E afinal o que nos falta para podermos usar isto tudo da melhor forma numa perspetiva mais sustentada de desenvolvimento do território local e regional?
Gente. Faz falta gente que use estes recursos quer numa perspetiva turística, quer numa perspetiva de o poderem habitar e torná-lo mais vivo.
Fotografia: Tancos, vista do Adro da Igreja Matriz, outubro de 2020