Portugal está a chegar ao limite da população que pode ou quer ser vacinada contra a covid-19. Foto: mediotejo.net

O Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo registou na última semana um total de 194 novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 nos seus 11 municípios, menos 22% que na semana anterior (250). Neste período há ainda a assinalar 221 pessoas recuperadas da doença e dois óbitos, um dos quais em Ourém e outro em Torres Novas.

O ACES Médio Tejo registou 24 novos casos na sexta-feira ao passo que, a nível nacional, Portugal registou até à meia noite de sábado mais 1.822 casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, seis mortes atribuídas à covid-19 e uma redução nos internamentos. 

Portugal está a chegar ao limite da população que pode ou quer ser vacinada contra a covid-19, afirma em entrevista à agência Lusa o coordenador da ‘task-force’, vice-almirante Gouveia e Melo. “Estamos a chegar ao limite do público-alvo para ser vacinado”, indica, apontando que a meta de 85% da população portuguesa com vacinação contra a covid-19 completa deverá ser atingida até ao fim do mês.

O processo está “mesmo já no fim, tirando as crianças dos 0 aos 12 anos, que são entre 11% e 12% [da população], e havendo 03% a 04% de pessoas que recusam a vacina”, diz. Isso significa que não teremos muito mais população para vacinar”, referiu o militar em entrevista à Lusa.

Este fim de semana, dever-se-á atingir o patamar de 85% da população elegível para ser vacinada com pelo menos uma dose administrada. Foto: mediotejo.net

No ACES Médio Tejo há um total acumulado de 14.962 infeções desde o início da pandemia. Ourém soma 3.478 casos (+7 nas últimas 24 horas), seguido de Tomar, com 2766 (+2), Torres Novas, 2340 (+3), Abrantes, com 1817 (+5), Entroncamento, 1373 (-), Alcanena, 1227 (+4), Ferreira Zêzere, com 662 (+2), Mação, com 498 (-), Vila Nova da Barquinha, com 323 (+1), Constância, com 257 (-), e Sardoal, com 221 (-).

O ACES Médio Tejo tem hoje 303 pessoas em vigilância ativa e um total acumulado de 14.962 pessoas infetadas, das quais resultaram 14.206 recuperadas e 394 óbitos. 

Sertã tem 824 casos e Vila de Rei 160 desde o início da pandemia

No ACES do Pinhal Interior Sul (PIS), o município da Sertã apresenta um total acumulado de 824 pessoas infetadas, das quais 813 recuperadas da doença. A Sertã tem hoje 2 casos ativos e 1 pessoa em vigilância. Há registo de nove óbitos.

Vila de Rei, por sua vez, regista um total de 160 casos de infeção desde o início da pandemia, 151 pessoas recuperadas da doença e nenhum caso ativo. Há 9 óbitos a registar, segundo os dados do ACES PIS. Vila de Rei tem uma pessoa em vigilância ativa.

Região do Médio Tejo com total de 15.946 casos e 412 óbitos nos 13 municípios

Com cerca de 250 mil habitantes, os 13 municípios do Médio Tejo somam 15.946 casos de infeção pelo novo coronavírus, das quais 14.962 no ACES Médio Tejo e 984 no ACES Pinhal Interior Sul (824 na Sertã e 160 em Vila de Rei). Há um total de 15.170 pessoas recuperadas (14.206 no ACES Médio Tejo, um total de 813 na Sertã e 151 em Vila de Rei (ACES PIS), a par de 412 óbitos (394 no ACES Médio Tejo e 18 no ACES PIS).

O ACES Médio Tejo abrange a área territorial de 11 municípios com cerca de 235 mil utentes, e abrange as unidades de saúde de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila nova da Barquinha, numa área territorial de 2.706,10 Km’s quadrados.

Os municípios da Sertã e Vila de Rei fazem parte do Comunidade Intermunicipal (CIM) do Médio Tejo na divisão político-administrativa mas em termos de Saúde estão ligados ao ACES do Pinhal Interior Sul (PIS) que abrange ainda os concelhos de Proença-a-Nova e Oleiros, num total de cerca de 30 mil utentes.

Regras de isolamento mais flexíveis nas escolas, máscaras e rastreios continuam 

As orientações sobre isolamento profilático de contactos de baixo risco vão ser mais flexíveis no próximo ano letivo, segundo o novo referencial da Direção-Geral da Saúde (DGS) publicado a 31 de agsoto, que mantém a utilização de máscara e o rastreio inicial.

No âmbito das medidas para as escolas de combate à pandemia de covid-19, no próximo ano letivo, turmas inteiras já não vão ser obrigadas a ficar em casa durante duas semanas sempre que seja detetado um caso positivo, como aconteceu a partir de abril, quando a DGS reviu o protocolo de atuação para essas situações.

As orientações foram agora revistas e vão ser mais flexíveis, uma vez que os contactos considerados de baixo risco ou que testem negativo devem regressar à escola.

Segundo o referencial publicado na página da DGS, em situação de ‘cluster’ ou surto, as autoridades de saúde podem determinar o encerramento de uma ou mais turmas ou zonas da escola, ou de todo o estabelecimento de ensino.

No entanto, acrescenta o documento, “os contactos de baixo risco e/ou os contactos de contactos cujos testes sejam negativos devem interromper o isolamento profilático, retomando a respetiva atividade letiva”.

Esta é a principal novidade para o próximo ano letivo, que arranca entre 14 e 17 de setembro com uma particular atenção para a recuperação das aprendizagens afetadas durante a pandemia de covid-19, um trabalho para o qual a DGS diz ser também sensível. 

Por isso, no mesmo documento, refere-se ainda que as regras do próximo ano não deverão pôr em causa “a frequência de atividades de apoio à recuperação de aprendizagens”, como o apoio tutorial específico, disciplinas opcionais, regimes articulados ou o desporto escolar​​​​​​​. 

As novas orientações mantêm a grande maioria das regras de segurança sanitária, incluindo a utilização obrigatória de máscara a partir dos 10 anos e “fortemente recomendada” para os mais novos, a partir do 1.º ciclo.

À semelhança do que aconteceu no ano letivo passado, quando as escolas reabriram em abril, vai também repetir-se a realização de rastreios antes do início das aulas, que vão abranger os professores e funcionários de todos os níveis de ensino e os alunos a partir do 3.º ciclo.

Esses rastreios serão feitos em três fases: até ao final da primeira semana de aulas, serão testados os profissionais das escolas, num exercício que começa a 06 de setembro e termina no dia 17. Seguem-se os alunos do secundário nas duas semanas seguintes, entre 20 de setembro e 01 de outubro, e finalmente os alunos do 3.º ciclo, entre 04 e 15 de outubro.

Além destas medidas, o distanciamento físico sempre que possível, a organização dos alunos em “grupos bolha”, a preferência por atividades ao ar livre e a definição de circuitos são algumas de outras regras a que as escolas já se habituaram no ano passado e que deverão manter.

No próximo ano letivo, uma parte significativa dos alunos já estará vacinada contra a covid-19, depois de a DGS ter recomendado a vacinação das crianças e jovens a partir dos 12 anos, no entanto, as novas orientações não fazem qualquer distinção.

Assim, com cerca de 75% dos jovens entre os 12 e os 17 anos atualmente já vacinados com a primeira dose, todos cumprirão as mesmas regras de isolamento, utilização de máscara ou testagem.

c/LUSA

Mário Rui Fonseca

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *