O Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo registou na última semana um total de 184 novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 nos seus 11 municípios, período no qual há a assinalar 280 pessoas recuperadas da doença e 3 óbitos (um em Alcanena, em Ourém e em Torres Novas). No ACES PIS, Vila de Rei não teve casos a registar ao passo que a Sertã teve 3 novos casos de doença e 14 recuperados em 7 dias.
Com os dados desta semana, Constância baixou o nível de risco para alarme e Mação entrou no risco de alarme, ao passo que todos os outros municípios mantiveram o nível no mapa de risco. O caso de Mação está diretamente ligado a um surto no lar do Centro de Solidariedade Social Nossa Senhora das Dores de Ortiga, que afeta perto de duas dezenas de pessoas, entre utentes e profissionais.
A este propósito, o presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública defendeu que a situação dos surtos nos lares de idosos merece cautelas, mas não defende a massificação dos testes nem uma terceira dose da vacina, sem evidência ciêntifica. “A questão dos lares é preocupante no sentido em que sabemos que são os contextos em que mais severidade e mais mortalidade tivemos no passado”, mas, ressalvou Ricardo Mexia, a situação “ainda está muito longe” do cenário vivido em janeiro e fevereiro, “muito mais complicado”.
Nesse sentido, o presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública reiterou que é preciso “manter as cautelas” em relação à população idosa, que “é bastante vulnerável”, e defendeu que perante o surgimento de casos é necessário ser muito célere na testagem.
ÁUDIO | RICARDO MEXIA, PRESIDENTE ASSOCIAÇÃO MÉDICOS SAÚDE PÚBLICA
Segundo dados da Direção-Geral da Saúde, na segunda-feira havia 53 surtos ativos em lares de idosos, que envolviam 829 casos de infeção diagnosticados, sendo o mais preocupante o ocorrido no lar da Santa Casa de Proença-a-Nova, com 127 casos ativos.
Nas últimas 24 horas há registo de 35 novos casos no ACES Médio Tejo, com 13 novos casos no Entroncamento, 5 em Torres Novas, 4 em Mação e em Tomar, 3 em Abrantes, 2 em Alcanena e em Vila Nova da Barquinha, e 1 em Ourém e no Sardoal.
No ACES Médio Tejo há um total de 13.145 infeções desde o início da pandemia. Ourém tem um total de 3.259 casos, seguido de Tomar, com 2682, Torres Novas, 2194, Abrantes, com 1742, Entroncamento, 1269, Alcanena, 1131, Ferreira Zêzere, com 635, Mação, com 473, Vila Nova da Barquinha, com 302, Constância, com 248, e Sardoal, com 210.
O ACES Médio Tejo tem hoje 475 pessoas em vigilância ativa e um total acumulado de 14.145 pessoas infetadas, 13.376 recuperadas, e 387 óbitos.
Sertã tem 819 casos e Vila de Rei 154 desde o início da pandemia
No ACES do Pinhal Interior Sul (PIS), o município da Sertã apresenta um total acumulado de 819 pessoas infetadas, das quais 798 recuperadas da doença. A Sertã apresenta 12 casos ativos e 20 pessoas em vigilância. Há registo de nove óbitos.
Vila de Rei, por sua vez, regista um total de 154 casos de infeção desde o início da pandemia, 144 pessoas recuperadas da doença e nenhum caso ativo. Há 9 óbitos a registar, segundo os dados do ACES PIS. Vila de Rei tem duas pessoas em vigilância ativa.
Região do Médio Tejo com total de 15.118 casos e 405 óbitos nos 13 municípios
Com cerca de 250 mil habitantes, os 13 municípios do Médio Tejo somam 15.118 casos de infeção pelo novo coronavírus, das quais 14.145 no ACES Médio Tejo e 973 no ACES Pinhal Interior Sul (819 na Sertã e 154 em Vila de Rei). Há um total de 14.319 pessoas recuperadas (13.376 no ACES Médio Tejo, um total de 798 na Sertã e 144 em Vila de Rei (ACES PIS), a par de 405 óbitos (387 no ACES Médio Tejo e 18 no ACES PIS).
O ACES Médio Tejo abrange a área territorial de 11 municípios com cerca de 235 mil utentes, e abrange as unidades de saúde de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila nova da Barquinha, numa área territorial de 2.706,10 Km’s quadrados.
Os municípios da Sertã e Vila de Rei fazem parte do Comunidade Intermunicipal (CIM) do Médio Tejo na divisão político-administrativa mas em termos de Saúde estão ligados ao ACES do Pinhal Interior Sul (PIS) que abrange ainda os concelhos de Proença-a-Nova e Oleiros, num total de cerca de 30 mil utentes.
Dezoito mortes e 2.377 contágios nas últimas 24 horas
Portugal regista hoje 18 mortes atribuídas à covid-19, 2.377 novos casos de infeção pelo SARS-CoV-2 e menos 32 internamentos com a doença, segundo dados oficiais.
De acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), estão internadas 866 pessoas com covid-19, 194 das quais em unidades de cuidados intensivos, de onde saíram duas pessoas nas últimas 24 horas.
Dos novos casos, 1.004 registaram-se na região de Lisboa e Vale do Tejo (42,2 por cento do total), enquanto 659 foram diagnosticados na região Norte (27,7%).
Doze das mortes com covid-19 nas últimas 24 horas verificaram-se na zona de Lisboa e Vale do Tejo, quatro no Algarve, uma no Norte e uma no Centro.
Portugal tem hoje 44.646 casos ativos (menos 552 do que na quinta-feira) e o número de pessoas recuperadas aumentou para 920.278 (mais 2.911). Em vigilância estão hoje 67.958 contactos, menos 1.428 do que na quinta-feira.
Desde o início da pandemia, foram confirmados 982.364 casos de infeção pelo SARS-CoV-2 e morreram 17.440 pessoas com covid-19.
Das infeções nas últimas 24 horas, 209 aconteceram entre crianças com menos de 9 anos, 447 entre 10 e 19 anos, 613 entre 20 e 29 anos, 385 entre 30 e 39 anos, 261 entre 40 e 49 anos, 176 entre 50 e 59 anos, 125 entre 60 e 69 anos, 82 entre 70 e 79 anos e 79 com mais de 80 anos.
A taxa de incidência de novas infeções por SARS-CoV-2 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias está em 362,7 a nível nacional e a 369,2 em Portugal continental. O índice de transmissibilidade (Rt), que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de uma pessoa portadora do vírus, está em 0,92.
Os dados do Rt e da incidência de novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias – indicadores que compõem a matriz de risco de acompanhamento da pandemia – são atualizados pelas autoridades de saúde à segunda-feira, à quarta-feira e à sexta-feira.
c/LUSA