A cerimónia inaugural, na tarde do sábado, dia 21, contou com a presença do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Carlos Miguel, autarcas da Chamusca e de concelhos vizinhos, deputados e dirigentes, além de centenas de pessoas que quiserem matar a curiosidade de ver o arranque da festa maior do concelho. Até dia 29 está a decorrer na Chamusca a maior festa do concelho, a Semana da Ascensão que regressa após dois anos de pandemia.
“São nove dias muito completos, muito recheados, onde se dá destaque à prata da casa, aos artistas locais, sendo que no palco principal decorrem todos os dias espetáculos. Em foco também vai estar a gastronomia local e nacional, o artesanato e stands mais institucionais. Na quinta-feira, decorre a largada de toiros”, disse o Presidente da Câmara, Paulo Queimado, em entrevista aos jornalistas, após a visita inaugural.
Mas antes, na tenda do secretariado, decorreram as cerimónias de inauguração, com intervenção do autarca da Chamusca e do secretário de Estado. Paulo Queimado, começou por agradecer a presença de todos, particularmente aos artistas e às associações e instituições “que se predispuseram a colaborar com o Município na organização desta festa tão importante para o concelho”.
“Queremos mostrar o que é a nossa cultura, as nossas tradições e a nossa história, assim como os projetos que estão a ser desenvolvidos ao longo deste ano, seja a nível das Parcerias para o Impacto, seja a nível de investimento social”, afirmou.
“Somos o concelho com o maior investimento per capita a nível nacional, desde a infância à nossa comunidade sénior, e isso é algo de que nos orgulhamos muito e que vamos continuar a investir e a desenvolver”, destacou o autarca.
O secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território referiu-se à Semana da Ascensão como uma mostra essencial para o desenvolvimento económico, cultural e histórico do concelho, e à importância que este momento tem na vida de todos com o reencontro com os amigos, após dois anos de pandemia em que estes momentos de convívio estiveram restritos à família mais chegada.
“Esta é uma mostra daquilo que melhor se faz na região, em que aqueles que o fazem mostram aos outros, o quanto vale a pena investir neste território. O meu desejo é que todos os pequenos e médios produtores, que aqui têm os seus produtos, nesta festa de Ascensão, aproveitem para também eles próprios ascenderem. É essencial que o façam não só para a sua própria empresa, mas também para que o território continue fértil”, afirmou Carlos Miguel.
Em relação ao investimento no interior do país, o secretário de Estado sublinhou que “o governo olha com muita atenção para os territórios do interior, de baixa densidade com a consciência plena de que as coisas não se fazem como um acender e apagar de luz, é necessário fazer um trabalho cuidado, firme e espaçado no tempo, mas quanto mais cedo começarmos, mais depressa alcançamos a nossa meta. O objetivo é que haja uma competição mais equilibrada entre territórios. Com o Portugal 2030, que ainda está em negociações, não pretendemos ter uma receita geral para os concelhos de todos o país, mas sim uma receita que se ajuste a cada concelho, e que cada município aposte mais na educação, no saneamento, no turismo ou na saúde, consoante as suas necessidades”.
Se Paulo Queimado teve o cuidado de não repetir o discurso sobre a necessidade de conclusão do IC3 e a importância que tem esta ligação para a região e para o Eco-Parque do Relvão, o secretário de Estado não deixou de abordar o tema reconhecendo a sua pertinência e justiça tendo em conta que é ali que são tratados todos os resíduos perigosos do país.
A cerimónia oficial de abertura continuou com o hastear das bandeiras Nacional, do Município e das cinco freguesias do concelho da Chamusca, pelos autarcas e pelo representante do Governo, que receberam das mãos de crianças das várias freguesias o maior símbolo desta festa: a Espiga, e terminou com o hino da Ascensão’22, cantado ao vivo pelo fadista Rui Tanoeiro, acompanhado à guitarra portuguesa por Bruno Mira e à viola por Pedro Pinhal.
Seguiu-se a visita aos stands da feira no largo 25 de Abril e no jardim municipal, com paragem para degustação de alguns produtos locais.
A noite ficou marcada pelo concerto de Áurea & Marisa Liz e pela “Noite de Fados Mimela”, numa homenagem à poetisa chamusquense Maria Manuel Cid, que amava profundamente a terra que a viu nascer e que retratou como ninguém as vivências da Chamusca e das suas gentes. Nesta noite os fadistas Manuel João Ferreira e Marisa Ferreira, acompanhados à guitarra portuguesa por Bruno Mira e à viola de fado por Pedro Pinhal cantaram apenas poemas da autoria de Maria Manuel Cid, ou Mimela como era carinhosamente chamada.
A festa continua semana adentro, neste domingo, dia 22 com a 1ª prova de trail “Coração do Ribatejo” (08h30), com a apresentação do livro “Costumes e Tradições – Associações Etnográficas do Concelho da Chamusca”, (16h00, no Páteo Ascensão), com o festival de folclore (17h00) e com o espetáculo de Herman José (22h).
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