Todas as extensões de saúde do concelho da Chamusca estão sem consultas médicas, revelou o Presidente da Câmara na reunião do dia 27 de julho, um problema que “está a preocupar imensamente o Município”.
Paulo Queimado referiu perante os restantes membros do Executivo que diariamente recebe informações, sobretudo das freguesias rurais, de que não há médicos e não há consultas.
ÁUDIO | Paulo Queimado, presidente da CM Chamusca
À crónica falta de médicos, junta-se a deslocação de profissionais para apoio ao centro de vacinação e o período de férias.
Mas se neste mês de julho a situação é “muito preocupante”, o autarca fez saber que será “ainda pior” em agosto: “Vai ser muito mais complicado”.
O Presidente da Câmara disse que nos últimos dias falou duas vezes com o Diretor Executivo do ACES da Lezíria, Carlos Ferreira, “para tentar resolver esta situação”, sublinhando estar o Município “do lado da solução”. “É impossível manter uma situação destas”, acrescentou.
Paulo Queimado já apontou aos responsáveis algumas soluções quanto ao apoio à contratação de médicos, estando o Município disponível para ceder habitação, “como já foi feito noutras alturas” e garantir transportes aos profissionais, mas o que é facto é que “o ACES não consegue dar resposta porque não têm médicos”.
Nos meios rurais, onde a situação é mais grave, se não fossem as Juntas de Freguesia a garantir transporte às populações para o centro de saúde da vila em situação de urgência, muitas pessoas ficariam sem possibilidade de consulta.
Os cinco elementos do Executivo acordaram mostrar-se disponíveis “para estar do lado da solução” e aprovaram continuar a fazer pressão junto do ACES e da ARS para que coloque médicos no concelho, nem que para isso tenha de se contratar médicos estrangeiros.