As deputadas do CDS-PP Patrícia Fonseca, Isabel Galriça Neto e Ana Rita Bessa questionaram o Governo sobre a falta de médico na extensão de saúde do Chouto, na Chamusca.
Na pergunta dirigida ao Ministro da Saúde, as deputadas questionam por que motivo continua a extensão de saúde do Chouto, no concelho da Chamusca, sem médico, e também “se o titular da pasta confirma que não foi ainda reparado o sistema informático desta extensão de saúde, por que motivo e quando se prevê que esteja resolvido”.
As deputadas querem, também, que “o ministro confirme que foi feito um pedido, à direção do ACES Lezíria, para a transferência destes utentes para outro médico da USF da Chamusca, pedido esse que ainda não teve resposta, que alternativas colocou o Governo à disposição desta população e, finalmente, dadas as especificidades do Chouto – população maioritariamente idosa, com fracos recursos económicos e rede de transportes públicos bastante deficitária -, quando será esta extensão de saúde dotada de médico de família, por forma a proporcionar a estes utentes o acesso a Cuidados de Saúde Primários de proximidade”.
O Grupo Parlamentar do CDS-PP diz ter tido conhecimento que “a extensão de saúde do Chouto, no concelho da Chamusca, está sem médico desde meados do passado mês de janeiro”.
“De acordo com a informação que nos chegou, devido a desacatos ocorridos entre os utentes e a médica que aí dava consultas, a médica passou a recursar-se a trabalhar na extensão de saúde do Chouto”, referem as deputadas centristas.
Ainda segundo a informação que o CDS diz ter recebido, “terá sido feito, à direção do ACES Lezíria, um pedido de transferência destes utentes para outro médico da USF da Chamusca, pedido esse que, até à data, não terá tido resposta estando, assim, a população do Chouto sem acesso a médico de família desde meados de janeiro”.
“Acresce que, alegadamente, o sistema informático desta extensão de saúde também ainda não terá sido reparado”, sublinham as deputadas.
A falta de médicos de família que, segundo o CDS se deve a “anos de mau planeamento e má gestão de recursos humanos na área da saúde”, tem originado na óptica das deputadas, “preocupações e ansiedades junto das populações, o que é normal, mas que se agravam quando os concelhos afetados são pobres, com más acessibilidades e com população maioritariamente idosa, como é o caso do Chouto, no concelho da Chamusca”.
“O CDS-PP tem consciência que a Medicina Geral e Familiar é uma das especialidades médicas onde existe maior carência de recursos humanos e que é urgente atuar, por forma a que cada vez mais cidadãos tenham acesso a um médico de família”, refere o comunicado enviado pelas deputadas centristas.