João Coutinho, faz parte da Companhia de Teatro do Ribatejo, no concelho da Chamusca, e vai ser o encenador do novo grupo de teatro que está a nascer no Entroncamento. Carruagem 23 foi o nome escolhido, pela ligação aos comboios, sendo o número referente ao ano em que se inicia o projeto. Esta foi uma iniciativa proposta pelo município do Entroncamento e trabalhada em conjunto com o encenador.
Cerca de 35 pessoas, de todas as idades, assistiram à apresentação do novo projeto, que inicia os ensaios no dia 29 de abril, sábado, às 18h00, no estúdio 121, no Euroshopping. O grupo irá estrear-se coletivamente no dia 28 de outubro, no Cineteatro São João, com a peça “Passa por mim no Entroncamento”, com ligação à temática ferroviária.
“Eu tive uma reunião com a vice-presidente da Câmara do Entroncamento e foi muito interessante porque nessa reunião era para discutirmos a possibilidade de fazermos algum trabalho teatral nas escolas. Entretanto eu perguntei-lhe porque é que o Entroncamento não tinha um grupo de teatro e acabámos por nos desafiar. Tivemos uma reunião com o presidente da Câmara para vermos a viabilidade de apoios e de espaços para ensaios. Foram fantásticos, disponibilizaram logo este estúdio e uma sala ao lado. Foi criado um pouco no entusiasmo da autarquia e no meu entusiasmo”, conta João Coutinho ao mediotejo.net
O grupo irá estrear-se no dia 28 de outubro, no Cineteatro São João, com a peça “Passa por mim no Entroncamento”, com ligação à temática ferroviária.
A data de estreia foi escolhida de forma emblemática, sendo que a primeira viagem de comboio em Portugal se realizou nesse dia, no ano de 1856. Contudo, João Coutinho afirma que poderão ser estreadas peças com grupos mais pequenos, antes de estreia coletiva, em outubro.
“O que queremos fazer é um trabalho comunitário que tenha muito público, que tenha muitos atores. Acima de tudo dar oportunidade às pessoas de todas as idades de fazerem teatro e de se expressarem de uma forma artística”, afirma João Coutinho.
A ideia é criar uma fábrica artística, sendo fundamental o papel de toda a comunidade e associações da cidade no projeto.
“Nunca vamos ocupar o espaço das associações que já existem aqui na cidade”, assegura o encenador, que destaca a importância de um trabalho de parceria.
“Se precisarmos de um coro para um espetáculo, não vamos falar com grupos de fora, acho que o Entroncamento tem dois grupos e nós queremos contar com as pessoas das diversas áreas. Vamos tentar contar com diversas associações para que o trabalho em palco espelhe a vitalidade da comunidade e da cidade. Vamos precisar de gente no palco, de gente a fazer figurinos, a fazer cenários, ser um projeto global”.
Algumas dos presentes n sessão acompanhavam os seus filhos, interessados no projeto. Apesar de não quererem pisar o palco, demonstraram interesse em fazer parte e ajudar em tudo o que for preciso.
João Coutinho ressalvou que “nunca ninguém vai ficar de fora, vamos ver trabalhar e ver quais são os talentos de cada pessoa e investir nisso. Se um pessoa gosta mais de dançar, vai dançar, se a pessoa gosta mais de cantar, vai cantar”, observou.
Uma das expectativas de futuro para João Coutinho é poder criar também, em conjunto, um grupo de teatro escolar ou um projeto de tempos livres para jovens em tempos de férias, para que os mais novos possam ter uma experiência teatral.