Tapetes com verduras e pétalas de flores são imagem de marca da Semana Santa de Sardoal. Foto: Paulo Jorge de Sousa/CMS

O processo para que a Semana Santa e Festa do Espírito Santo em Sardoal passe a constar no Inventário Nacional do Património Imaterial encontra-se em consulta pública, segundo um anúncio publicado em Diário da República no dia 04 de setembro.

A Direção-Geral do Património Cultural decide sobre o pedido de inventariação no prazo de 120 dias após a conclusão do período da consulta pública, que, por seu turno, será de 30 dias. No anúncio, a Direção-Geral do Património Cultural refere que a consulta pública está disponível ‘online’, no portal http://www.matrizpci.dgpc.pt.

O município apresentou a candidatura em 2017 com o objetivo de integrar a Semana Santa no Inventário Nacional da Direção-Geral do Património, estando inseridas todas as tradições relacionadas com as celebrações, desde a primeira procissão até ao Bodo.

“Integradas no ciclo primaveril da Páscoa, decorre no Sardoal um conjunto de atividades de génese profundamente religiosa e cristã, como também de caráter civil, e que integram a vivência fortemente ritualizada da Quaresma e Semana Santa”, refere a informação disponibilizada na consulta pública, indicando que as celebrações têm início ainda na Quaresma.

A Festa do Espírito Santo (ou do Bodo) realiza-se 50 dias após a Páscoa, e integra uma missa ao ar livre e uma procissão em que 20 jovens vestidas de branco e com cintos de quatro cores, uma por cada freguesia do concelho, transportam à cabeça os tabuleiros com o pão benzido na eucaristia.

A realização desta festa remonta a um passado longínquo, havendo registos de que já se realizava antes de 1470.

“A originalidade das celebrações da Semana Santa, em Sardoal, reside, para além da riqueza das festividades, […] no facto de estas cerimónias atualizarem anualmente o profundo sentido de pertença da comunidade local. Por estes dias, a comunidade de Sardoal reforça os laços que a unem e os filhos da terra regressam ao concelho, vivenciando intensamente o espaço público e o espaço privado, entre as cerimónias religiosas em que participam, a família e a gastronomia tradicional”, descreve-se ainda na síntese da candidatura.

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

Agência de Notícias de Portugal

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