As queixas das últimas semanas devido ao mau cheiro em Alcanena terão passado dos limites. A presidente da Câmara, Fernanda Asseiceira (PS), adiantou na reunião camarária de segunda-feira, 20 de julho, que recebeu uma mensagem que interpretou como uma ameaça à sua integridade física. As sucessivas críticas à poluição culpando a sua pessoa também terão ultrapassado as marcas. A presidente afirmou assim que está a preparar uma queixa ao Ministério Público por difamação e ameaça à integridade física.
A reunião arrancou com a oposição dos Cidadãos por Alcanena, através de Gabriel de Oliveira Feitor, a questionar a presidente sobre a nova onda de maus cheiros que se tem feito sentir no concelho e motivou já várias queixas nas redes sociais e inclusive a marcação de uma manifestação para sexta-feira, 24 de julho. Fernanda Asseiceira deu algumas explicações sobre o que se terá sucedido, culpando em grande medida a tradicional prevaricação dos industriais de curtumes.
Afirmando a total transparência do município sobre o tema, contestou as “ondas difamatórias” constantes e uma “ameaça” que recebeu à sua “integridade física”. Adiantaria assim que preparava uma queixa ao Ministério Público por difamação e ameaça.
“As pessoas deviam estar ao lado da Câmara Municipal, não a acusar sempre a presidente da Câmara Municipal. Tem sido sempre o objetivo”, afirmou a presidente. A autarca lembrou que tudo fez, inclusive enfrentar os industriais de curtumes, para defender o concelho e é sempre a sua figura que é escrutinada de cada vez que surge uma onda de maus cheiros.