Depois de quatro adiamentos, a Infraestruturas de Portugal (IP) acertou na data de abertura total ao tráfego na ponte rodoviária de Abrantes, com as restrições à circulação a serem levantadas na quinta-feira, ao final do dia, conforme havia anunciado a IP no dia anterior.

Atrasos que a IP justificou com uma empreitada de “elevada complexidade técnica”.

Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes, considerou a reabertura total à circulação como “uma boa notícia”.

“Temos consciência, todos, das implicações que esta intervenção teve na vida dos nossos cidadãos mas, como sempre disse desde o primeiro momento, este era um mal necessário. Havia esta necessidade de fazer uma intervenção profunda na manutenção da ponte, para a promoção da segurança dos nossos cidadãos que usam todos os dias aquela passagem, e as minhas palavras vão, em primeiro lugar, para todos aqueles e aquelas que tiveram de usar esta via para se deslocarem para os seus trabalhos e para fazerem a sua vida diária e que sofreram as fortes implicações de uma operação desta natureza”.

A autarca disse ainda que esta é “uma intervenção que não depende da Câmara, que está perspetivada há quase 10 anos e que agora foi materializada. Congratulamo-nos por isso, pese embora saibamos os constrangimentos e lamentemos algum atraso que a IP e a empresa dona de obra tiveram, tanto no início das obras como na sua conclusão”.

Maria do Céu Albuquerque referiu ainda ter solicitado à IP que, “connosco, e à semelhança do que fizeram no ato de assinatura do contrato com a empresa empreiteira, que possamos fazer uma conferência de imprensa, e até para esclarecer o que falta fazer e qual a intervenção final nesta ponte e para nós próprios sermos esclarecidos de algumas situações sobre as quais ainda temos dúvidas”.

O contrato da empreitada para a reabilitação da ponte metálica de Abrantes sobre o Tejo, obra orçada em 2,9 milhões de euros, a executar em 18 meses, foi assinado pela Câmara de Abrantes e pela Estradas de Portugal (EP) a 30 de janeiro de 2014, tendo a intervenção arrancado em setembro do mesmo ano, com a previsão de conclusão dos trabalhos para final de 2015.

Durante a segunda fase de intervenção, e desde fevereiro de 2015, na ponte que liga Rossio ao Sul do Tejo a Abrantes, com uma extensão de 368 metros, a circulação a veículos pesados ficou interditada, ficando o trânsito condicionado a uma faixa de rodagem para os veículos ligeiros, com circulação alternada e regulada por semáforos.

O transporte público de passageiros teve, desde então, uma circulação permitida até 20 toneladas, os peões podiam andar por um dos passeios da ponte e a circulação livre era permitida apenas para ambulâncias, bombeiros e forças de segurança em situação de emergência.

Os desvios foram devidamente sinalizados ao longo dos percursos alternativos, sendo que as pontes mais próximas para ultrapassar o rio eram as de Alvega/Mouriscas e de Chamusca, a cerca de 20 e 30 quilómetros, respetivamente.

A intervenção, segundo referiu a então EP, surgiu “em antecipação à previsível degradação desta obra, atualmente classificada com um estado de conservação de nível três” (o nível cinco é o pior) e “visa a melhoria das condições de segurança e o conforto dos utilizadores”.

Do programa de obra constam a realização de trabalhos de fundação e reforço dos pilares, reparação e proteção da estrutura metálica e das zonas de betão armado, repavimentação e impermeabilização do tabuleiro, beneficiação do sistema de drenagem, colocação de guardas de segurança e juntas de dilatação, reparação do sistema elétrico e substituição de todos os elementos danificados, bem como a limpeza geral da ponte.

Quanto à iluminação, segundo foi anunciado no arranque dos trabalhos, “toda a instalação existente será substituída e serão disponibilizadas soluções que visem a sua eficiência energética”.

A pintura da ponte será também garantida com a realização da obra, que ainda não terminou.

Em comunicado, a IP refere que “a intervenção na Ponte irá decorrer até final do mês de maio, no entanto, com a conclusão na quinta-feira, dia 28 de abril, dos trabalhos nas juntas de dilatação, terminam as intervenções sobre o tabuleiro e que obrigavam à implementação continuada de condicionamentos de tráfego”.

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

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